No último domingo (19), três influencers de Curitiba foram presos em uma operação que investiga golpes por meio do “Jogo do Tigrinho”. Um outro suspeito está foragido.
Os quatro são investigados por integrar o grupo que utilizava caça-níquel eletrônico para enganar pessoas em todo o país. Na operação, a Polícia Civil apreendeu carros de luxo, dinheiro, armas de fogo e eletrônicos.
De acordo com o delegado Tiago Dantas, os suspeitos não são os criadores do Jogo do Tigrinho, porém, são investigados pela divulgação do jogo considerado ilegal e enriquecimento ilícito.
“Eles são cooptados pelo dono da plataforma para iniciar uma campanha de fomento para que as pessoas joguem […]. Analisando esse tipo de conduta, parece que é inofensiva, uma diversão. Na verdade eles são contraventores virtuais. Isso é considerado um jogo, uma espécie de caça-níquel, da forma eletrônica, que gera muito dinheiro. E esse dinheiro é reinvestido na prática do crime”, explica.
Influencers de Curitiba presos por envolvimento no “Jogo do Tigrinho”
A identidade dos influencers foi divulgada pela polícia. Eles são moradores da Região Metropolitana de Curitiba e, juntos, têm mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, onde ostentavam vidas de luxo.
Um deles é Ricardo Nascimento, que se autointitula nas redes sociais como “rei do tigrinho”. Ele tem quase 400 mil seguidores.
O segundo é Eduardo Campelo, apontado pela polícia como o mais influente dos investigados e divulgador de bilhetes premiados para 572 mil seguidores. Ele é o dono da Porsche vermelha que foi apreendida na operação e teria movimentado mais de R$ 8 milhões. Uma viagem que Campelo faria para Dubai no dia da operação fez a polícia antecipar a operação, e ele não chegou a embarcar.
O terceiro preso é Gabriel Vieira Barbosa, que tem 55,1 seguidores e ostentava carros, iates e motos.
Um outro suspeito, Ezequiel Célio Soares dos Santos, é considerado foragido. Ele tem quase 80 mil seguidores nas redes sociais.
As investigações continuam. O grupo responde pelos crimes de associação criminosa, exploração de loteria sem a autorização legal e lavagem de dinheiro. A polícia também apura um possível crime de estelionato, pela exploração de rifas onde os prêmios não eram entregues.