Começou na manhã desta segunda-feira (11) o júri popular de Ellen Federizzi, ré confessa da morte do policial militar Rodrigo Federizzi, em 2016.
O corpo de Rodrigo foi encontrado no dia 14 de agosto. O polícia militar estava sem as pernas, em um terreno em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
Em entrevista coletiva antes do julgamento, o advogado de defesa de Ellen, Cleyson Landucci, afirmou que o objetivo da defesa é conseguir uma “decisão justa”. Ele afirma que a mulher sofria violência doméstica durante o relacionamento com o policial e que esse seria o motivo do crime.
“O júri é uma oportunidade muito boa de explicar aos jurados e à população o que motivou a Ellen a realizar toda essa situação. Foi veiculado que foi por questões financeiras, mas não é a realidade. O que a motivou está atrelado com violência doméstica”, declarou o advogado.
Landucci ainda disse que não há provas de que Ellen teriapegado algum dinheiro da vítima e que ela não denunciou a violência sofrida por medo.
O caso
Rodrigo sumiu na manhã do dia 28 de julho. Ellen registrou um boletim de ocorrência no dia 30 do mesmo mês, alegando que o marido havia saído de casa para resolver assuntos pessoais.
Ellen foi presa no dia 10 de agosto em casa, no bairro Tatuquara, em Curitiba. A esposa foi detida após uma perícia feita dentro da residência da família. Por meio da substância química luminol, foi encontrado sangue humano no quarto e no banheiro.
Um serrote com marcas de sangue também foi encontrado dentro da casa.
Ellen confessou ter matado e esquartejado Rodrigo. O motivo seria porque ela não conseguiu explicar um gasto de cerca de R$ 46 mil da conta do casal.
A vítima morreu com um tiro nas costas. Após o homicídio, a esposa esquartejou o corpo do policial e colocou parte dele em uma mala e outra em embalagens plásticas.
O crime aconteceu no dia 28 de julho, no apartamento do casal, no bairro Tatuquara. O filho dos dois, que na época tinha 9 anos, estava na residência quando tudo aconteceu.
O júri popular chegou a ser marcado para novembro de 2019, mas por um pedido da defesa foi transferido para abril de 2020. No entanto, foi adiado devido à pandemia do coronavírus.
Em 2020, Ellen conseguiu habeas corpus para responder o processo em liberdade.