Erik Busetti, acusado de matar esposa e enteada, é interrogado no 4º dia de júri

O júri popular de Erik Busetti, acusado de matar a esposa Maritza Guimarães de Souza e a enteada Ana Carolina de Souza em março de 2020, em Curitiba, chegou ao quarto dia. A expectativa é que o julgamento termine nesta quinta-feira (4).

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Foto: Reprodução/Rede Massa

Neste provável último dia de júri, Erik Busetti está sendo interrogado. Ele foi primeiramente ouvido pela juíza e acusação e, durante a tarde, deve responder aos questionamentos da defesa.

O júri popular estava previsto para acontecer em abril mas foi adiado a pedido da defesa do réu. A mudança foi feita em comum acordo com a acusação e teve concordância do Ministério Público. 

Júri de Erik Busetti: relembre o caso

O delegado Erik Busetti é réu por duplo feminicídio e imagens de câmeras de segurança registraram todos os momentos do crime. Ele é acusado de executar e esposa, a escrivã da Polícia, e sua enteada.

No vídeo, divulgado com exclusividade pela Rede Massa | SBT em outubro do ano passado, é possível ver que o casal discutiu e a mulher foi agredida com vários socos. Na sala de casa, o delegado saca a arma e atira contra esposa e enteada.

No momento dos tiros, as duas se abraçaram na tentativa de se protegerem, mas não resistiram aos ferimentos e morreram abraçadas no sofá da casa.

Na casa onde o crime foi cometido, havia ainda uma criança de 9 anos, filha do casal. O próprio delegado levou a menina até a casa dos vizinhos e disse que “fez uma besteira”. Ele mesmo ligou para a polícia confessando os crimes.

A defesa de Erik tenta retirar a qualificadora de feminicídio.

“Não há o que se falar em violência. Os vizinhos em um só tom afirmaram que não havia violência naquele condomínio. A acusação está com medo, desistiu de duas testemunhas que eram fundamentais para essa causa. O pai da Ana Carolina ia desvelar um pouco da personalidade da Maritza e da Ana, o que é imprescindível para o julgamento”, disse o advogado Renan Canto, que defende Erik, nesta quarta-feira (3).

A advogada de acusação, Louise Mattar Assad, rebateu a tese da defesa de Erik em entrevista para a Rede Massa | SBT.

“Não é toda violência doméstica que é ouvida pelos vizinhos, não é toda relação conturbada que é de conhecimento das pessoas. Normalmente as pessoas que têm problemas em casa não querem que os outros fiquem sabendo”, afirmou. “Ele tem direito a ter uma defesa, uma defesa ampla com liberdade de defendê-lo. É o jogo do plenário. O fato é que tiveram tiros, mortes, uma filha abraçada na mãe, mortas na sala de TV. É um crime brutal”.

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