“Não demonstrou arrependimento”, diz delegado sobre homem que matou mulher em ônibus

Após a prisão nesta sexta-feira (25) de Wesllen Vitorino de Araújo Silva, suspeito de matar Samantha Mantovani Muniz a facadas dentro de um ônibus do transporte coletivo de Curitiba na tarde de quinta (24), o delegado responsável pelo caso, Thiago Nóbrega, concedeu entrevista coletiva sobre o depoimento do preso.

Foto: Reprodução

Segundo o delegado, Wesllen confessou o crime e disse que matou Samantha porque ela incitou os passageiros do ônibus a ficar contra ele, em uma discussão por uma cocada. No depoimento, o suspeito disse que estava calmo quando tudo aconteceu. “Um rapaz frio. Não demonstrou arrependimento”, afirmou Nóbrega.

Esse seria o segundo homicídio cometido pelo homem em um período de seis meses. Na outra ocasião, em setembro de 2021, ele foi preso pela Central de Flagrantes, mas foi liberado após 16 dias.

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Depoimento

Wesllen deu detalhes sobre o ocorrido. Ele disse que pensou ter visto um outro homem no ônibus furtando uma cocada de um vendedor ambulante, e o confrontou. Este rapaz negou o crime e disse que tinha sim pagado o produto. Wesllen ainda confirmou atirou o celular do homem pela janela quando ele começou a gravar a discussão.

Segundo o suspeito, ele tinha a intenção de sair do ônibus. Mas, na sequência, Samantha teria começado a pedir para o motorista que o expulsassem do coletivo. E, então, Wesllen cometeu o crime.

O delegado Thiago Nobrega diz que, além de não mostrar arrependimento, Wesllen se coloca como vítima da situação. “Ele diz que praticou esses times porque o provocaram. Não entende a gravidade do que ele fez”.

Prisão

Após o crime, na quinta-feira, Wesllen teria ido trabalhar normalmente, em um quiosque de um shopping em Curitiba. Ele disse no depoimento que não queria perder o emprego, pois tinha sido contratado recentemente.

O suspeito morava em uma pensão. Mas, com medo de ser encontrado, se mudou para um hotel. No dia seguinte, se hospedou em outro.

O setor de inteligência da Polícia Civil chegou até Wesllen após várias denúncias e análise de câmeras de segurança. Ele deve ser indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil.

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