Quadrilha usava app de celular para liberar catracas de ônibus em Curitiba

A Polícia Civil e a Urbanização de Curitiba (Urbs) deram mais detalhes de como funcionava a quadrilha que vendia de forma irregular passagens de ônibus na capital. Oito pessoas suspeitas de integrarem o grupo criminoso foram presas na sexta-feira (2).

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Foto: Hully Paiva/SMCS

Estima-se que a ação da quadrilha tenha causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão ao transporte coletivo de Curitiba, com a venda de cerca de R$ 200 mil passagens irregulares.

De acordo com o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, a fraude foi percebida em julho do ano passado por meio de uma anormalidade no sistema de bilhetagem eletrônica. A inteligência verificou que o número de catracas liberadas era maior que o valor arrecadado.

“Essa movimentação anormal não teve compensação financeira. Baseado nisso, acionamos a equipe de fiscalização, que coletou os dados de campo”, afirmou. “Então chamamos a Guarda Municipal, cruzamos os dados com imagens da Muralha Digital e acionamos, em outubro, a Polícia Civil.

O delegado Tiago Dantas explicou como os criminosos agiam. Eles vendiam as passagens por um valor menor e liberavam as catracas por meio de um aplicativo de celular.

“Eles usavam uma engenharia social que simulava o pagamento da passagem por meio de celular e de um aplicativo e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa, que é de R$ 6”, disse. “Eles ficavam com o valor pago pelo cidadão e a Urbs não recebia nada por transportar o passageiro”.

Grupo vendia passagens de ônibus a R$ 3 em Curitiba

A operação apurou que o esquema da quadrilha era “extremamente organizado”, segundo Tiago Dantas. Os membros do grupo se dividiam em turnos e chegavam a vender a passagem a R$ 3, metade do valor cobrado pela Urbs (R$ 6).

“Eles faziam um rodízio, com turnos de atuação de manhã, tarde e no período noturno. Quando o movimento estava bom, eles vendiam a passagem a R$ 5, quando estava mais fraco, vendiam a R$ 3”, completou.  

A fraude ocorria principalmente nos terminais CIC e Portão e em algumas estações-tubo. Durante a ação na sexta-feira, no terminal CIC, oito pessoas foram presas, de 15 abordadas.

As investigações seguem a fim de identificar outros indivíduos responsáveis pela ação criminosa, segundo a Polícia Civil.   

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