A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) contra Marcelo Francisco da Silva, empresário suspeito de racismo em um posto de combustíveis de Curitiba.
Ao ser filmado chamando o frentista de um posto de combustíveis no bairro Boqueirão de “macaco”, “neguinho” e “nordestino dos infernos”, Marcelo virou réu por injúria, ameaça, vias de fato, agravados pelo motivo fútil. O operador de caixa do local também foi insultado com comentários preconceituosos.
O caso, que aconteceu na madrugada de 14 de outubro, foi filmado por uma das vítimas. Com a divulgação do vídeo na imprensa e nas redes sociais, a situação teve repercussão nacional.
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Conforme foi apontado pela polícia com base nos depoimentos das vítimas, Marcelo teria ofendido um funcionário que pediu que ele pagasse por um pote de macarrão instantâneo antes de consumir. Além disso, ele também o empurrou e ameaçou agredi-lo.
O advogado Raphael Nascimento, defesa do réu, afirmou através de nota que não concorda com a tese jurídica adotada pela acusação e continuará firme na defesa da lei.
Suspeito de racismo em posto de Curitiba foi denunciado pelo MPPR
Oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) ainda em outubro, Marcelo foi denunciado à Justiça pelo órgão. Como as vítimas foram ameaçadas, porque o agressor disse para os dois “ficarem espertos” pois voltaria ao local para “resolver o assunto”, medidas precisaram ser tomadas.
Dessa forma, o suspeito está proibido de chegar a menos de 200 metros das vítimas e do posto de combustíveis onde o crime aconteceu. Ele também deve ficar em casa das 20h às 6h, além de ser monitorado eletronicamente por pelo menos 90 dias.
A Justiça aceitou a denúncia no dia 16 de dezembro. O MPPR pede, ainda, o pagamento de cerca de R$ 6,5 mil por danos morais aos dois jovens que sofreram as ofensas.
O Massa News tenta contato com a defesa da vítima. O espaço está aberto para manifestações.