Processo administrativo foi instaurado para investigar o possível acesso ao sistema da Polícia Civil pelo delegado Erick Busetti, preso desde 2020 suspeito de matar a esposa e enteada.
De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol), responsável pela denúncia, o delegado teve acesso ao sistema da Polícia Civil, consultando inclusive o inquérito pelo qual é investigado.
Dirigentes do sindicato estranharam quando o usuário e senha do delegado preso começaram a aparecer no sistema. A investigação apontou que Erick Busetti fez buscas pelo nome de outros policiais, advogados, delegados e até mesmo de um político paranaense.
Preso no Complexo Médico Penal, o delegado está afastado da Polícia Civil desde que matou a esposa, a escrivã Maritza Guimarães, e a enteada, Ana Carolina de Souza. Por isso, ele não poderia ter acesso ao sistema, além de ter conseguido usar um computador enquanto está preso.
Delegado preso teria acessado sistema da Polícia Civil
“Após requisição do Ministério Público do Paraná, a CELEPAR encaminhou relatório dos dados confirmando que Erik Busetti teve privilégios indevidos na Unidade Penal em questão”, diz nota do Sinclapol.
O documento do MPPR foi encaminhado à Corregedoria do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), ao delegado-geral da Polícia Civil e à Secretaria de Estado de Segurança Pública para auxiliar na investigação do caso.
A polícia apura quais inquéritos foram acessados pelo delegado e quem teria fornecido um computador ou um celular para que o delegado preso conseguisse entrar no sistema.
Delegado Erick Busetti preso desde 2020
Em 2020, Erick Busetti comandava a delegacia do adolescente quando matou a esposa, de 41 anos, e a enteada dele – e filha de Maritza – de 16 anos. Câmeras de segurança flagraram o momento em que o delegado preso atira contra a cabeça das vítimas.
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O crime aconteceu em março de 2020, na casa onde a família morava, no bairro Santa Cândida, em Curitiba.
Busetti atirou contra a esposa e a enteada durante uma discussão. Nas imagens é possível ver que no momento do disparo as duas se abraçam na tentativa de se protegerem.
Após serem atingidas, as vítimas caem em um sofá e morrem abraçadas.