O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), monitora a febre maculosa no Paraná com equipes técnicas da Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores.
No estado, o primeiro caso da doença, transmitida pelo carrapato-estrela, foi confirmado em 2006, no município de Itambaracá, situado na região Norte.
Em 2023, foi confirmado um caso em Foz do Iguaçu, na região Oeste. Além disso, há 43 notificações da doença no Paraná.
O que é febre maculosa
A febre maculosa é uma doença febril infecciosa, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A espécie é encontrada com mais facilidade em locais próximos a matas, com umidade elevada.
O carrapato parasita o animal (bois, cavalos, capivaras, cães), e a depender da espécie pode vir acidentalmente parasitar o humano, sendo necessário o vínculo epidemiológico com o vetor transmissor, ou seja, o carrapato infectado.
Casos de febre maculosa no Paraná
De acordo com levantamento da Sesa, desde 2018 houve o registro de 42 casos confirmados da doença. No ano passado foram 63 notificações, nove casos confirmados e duas mortes, que ocorreram no município de Ribeirão Claro, de abrangência da 19ª Regional de Jacarezinho.
Foram cinco casos em 2018; 19 confirmações em 2019; 10 em 2020; e um caso em 2021.
A Secretaria da Saúde publicou uma Nota Técnica 001/2019 com dados da vigilância epidemiológica, características da doença, sintomas, cuidados, manejo e tratamento.
Todo o caso suspeito requer notificação imediata, registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), através do preenchimento da Ficha de Investigação da Febre Maculosa.
Sintomas de febre maculosa
Os principais sintomas da doença são febre de início súbito, dor de cabeça e no corpo, podendo ou não estar acompanhada de aparecimento de manchas avermelhadas entre o segundo e quinto dia de evolução da doença ou manifestações hemorrágicas, são alguns dos sintomas apresentados pelas pessoas que possam ter contraído a doença.
A Sesa recomenda que pacientes que apresentem essas características procurem o atendimento médico nas Unidades de Saúde dos municípios para que o diagnóstico seja realizado, assim como o tratamento, o quanto antes, já que se trata de doença grave e de evolução rápida, mas que existe tratamento se ofertado em tempo oportuno.
É importante que a população relate para a equipe de saúde que houve a picada do carrapato ou a possibilidade de contato com o vetor a fim de direcionar a condução do caso de forma mais assertiva possível.