Uma organização criminosa suspeita de fraude em licitações na área da Saúde é alvo de uma operação da Polícia Civil em várias cidades do Paraná.
A denúncia partiu da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que percebeu irregularidades nas licitações e pediu investigação do caso.
As equipes estão nas ruas desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (12) para cumprir 16 mandados de busca e apreensão contra a quadrilha suspeita de fraudar licitações.
A operação acontece simultaneamente em Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Realeza, Bom Sucesso do Sul e Pinhal do São Bento.
A operação conta com o apoio do Ministério Público do Paraná (MPPR) e Vigilância Sanitária.
Fraude em licitações da Saúde alvo de operação
De acordo com a polícia, a empresa fraudou uma licitação de 6 mil frascos de Imunoglobulina Humana, avaliados em R$ 10,6 milhões. O medicamento é indicado para diversos tipos de tratamento como leucemia, doenças autoimunes e para pacientes recém transplantados.
Segundo Beto Preto, secretário de Saúde, técnicos da Sesa desconfiaram na distribuição de medicamentos falsos pelo fornecedor e a Polícia Civil foi acionada por uma notícia-crime.
“Pela Sesa, determinamos ainda a suspensão e o recolhimento da totalidade dos lotes nas Regionais de Saúde e hospitais que eventualmente tivessem o medicamento no seu estoque”, afirma.
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“A empresa entregou medicamentos falsos identificados como Gamimune N 5%, sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa], requisito que era obrigatório conforme constatava em edital”, afirma a delegada Aline Manzatto.
Empresa falsificou medicamentos para leucemia, diz polícia
De acordo com a polícia, a falsificação “ficou evidenciada pelo fato de que a comercialização, distribuição e uso do produto foi proibida pela Resolução-RE nº 2.856, de 30 de agosto de 2022, do Ministério da Saúde/Anvisa”.
Ainda conforme a nota divulgada pelas autoridades, a empresa estrangeira citada no rótulo do produto “não produz, distribui ou importa a medicação”.