Foi adiado o júri do ex-policial penal Jorge Guaranho, que matou o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. O julgamento teve início nesta quinta-feira (4), mas foi transferido para o próximo mês após a defesa abandonar o plenário.
O júri de Jorge Guaranho foi remarcado para 2 de maio, no Tribunal do Júri de Foz do Iguaçu. O Ministério Público do Paraná (MPR) denunciou o homem por homicídio duplamente qualificado.
O caso aconteceu em 9 de julho de 2022 durante a festa de aniversário de 50 anos da vítima. O crime, conforme o MPPR, ocorreu por divergências políticas, sendo meses antes das eleições de 2022.
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A defesa de Guaranho pediu no plenário adiamento do júri, alegando um “cerceamento da defesa” pela não impugnação de documentos anexados na véspera do processo.
Este e outros pedidos foram negados pelo juiz Hugo Michelini, e a defesa do acusado abandonou o plenário. O júri foi suspenso e remarcado.
Júri de Jorge Guaranho
A sessão do júri de Jorge Guaranho será composta por promotores de Justiça titulares do núcleo de Foz do Iguaçu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 13ª Promotoria de Justiça da comarca, que assina a denúncia criminal.
As qualificadoras do crime indicadas são, conforme o MPPR: motivo fútil (discussão motivada por divergências políticas) e o perigo comum (pelo fato de o acusado haver atirado contra a vítima em local com outras pessoas, colocando-as em risco).
A festa da vítima tinha como tema o partido político do qual ele era tesoureiro. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), essa teria sido a motivação de Guaranho para cometer o crime.
Ao ficar sabendo do tema político, o policial teria ido até o clube para tirar satisfações e acabou discutindo com o aniversariante e convidados. Minutos depois, ele retornou ao local armado e atirou várias vezes contra Arruda. O guarda municipal ainda conseguiu revidar e também atirou contra Guaranho.
Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu logo em seguida. Guaranho ficou mais de 30 dias internado até receber alta e ir à unidade prisional especial para atendimento médico.