O ciclone extratropical que atingiu o litoral paranaense nesta quarta-feira (10) deixou um rastro de destruição em várias cidades, como Guaratuba, Paranaguá e Matinhos. No primeiro município, uma cena assustadora chamou a atenção e logo viralizou nas redes sociais: uma tromba d’água se formou devido aos fortes ventos e deixou barqueiros e pescadores apavorados.
De acordo com o meteorologista do Simepar, Samuel Braun, há uma diferença entre os dois fenômenos. O ciclone extratropical é considerado um sistema de grande escala que pode atuar em uma abrangência superior a 2 mil quilômetros. “Esse ciclone mudou o tempo, provocou ventos e chuvas fortes em Santa Catarina e no Paraná, além de parte de São Paulo”, comenta.
Nesse sistema de grande escala, é comum haver formação de áreas de instabilidade que costumam provocar vento mais forte, mas de forma pontual. “Da mesma forma que uma frente fria avança pelo país, podemos ter chuva em praticamente todo o estado, mas em algumas cidades os ventos podem ser mais intensos”, exemplifica Braun.
“Dentro desse ciclone, também ocorrem áreas de chuva mais forte e que provocaram no litoral a ocorrência de trombas d’água. São eventos extremos dentro desse sistema de escala maior que, se fosse atuar sobre o continente, não atuaria nem em um bairro do litoral”, acrescenta. “Se a gente observar no vídeo, ela ocorreu em uma parte da baia porque é um fenômeno de pequena escala e de curta duração”, complementa.
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