Obras em Matinhos: peças de concreto são instaladas para preservação da orla

Peças fundamentais para evitar possíveis danos às estruturas marítimas que estão sendo construídas no Litoral do Paraná, os primeiros tetrápodes começaram a ser instalados nesta sexta-feira (16) no espigão do Pico de Matinhos. Construídos em concreto, eles evitam que a maré alta danifique a base do espigão, dos guias-correntes e dos headlands que estão sendo instalados ao longo de 6,3 km de orla em Matinhos.

Foto: Alessandro Vieira/Sedest

Essa é mais uma etapa do Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos. O pacote de obras do Governo do Paraná vai minimizar os impactos causados por décadas de erosão e cheias na região. Todas as etapas são acompanhadas pelo Instituto Água e Terra (IAT).

Ao todo, serão 5.153 tetrápodes nas cinco estruturas marítimas, sendo 477 somente no espigão da praia de Caiobá. As obras estão 68% concluídas. Após a instalação dos tetrápodes, serão executadas as obras de finalização da estrutura, que terá 85 metros de comprimento. A etapa final é de implantação calçada e paisagismo, que envolve o plantio de árvores nativas.

O secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza, explicou que esta fase representa a finalização das estruturas mais rígidas do espigão. “É o acabamento da construção desta estrutura. O tetrápode tem a função de dissipar a energia das ondas e das marés, preservando o núcleo da estrutura construída aqui”, disse.

“O espigão, os headlands e os guias-correntes possuem funções estruturais para preservar a areia que foi depositada no Litoral, mas também irão funcionar como um ponto turístico para os veranistas e moradores”, afirmou.

Tetrápodes

Os tetrápodes são peças de concreto construídos no próprio Litoral, em uma oficina viabilizada pelo Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação pública para executar as obras no Litoral do Estado até o ano de 2024. São estruturas de cerca de 3 metros de altura, com 4,3 metros cúbicos de volume, pesando, cada uma, de 10 a 12 toneladas.

Segundo o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luis Scroccaro, os tetrápodes substituem a necessidade de colocar pedras de 20 toneladas no local. “Por ser concentrado e ter em sua formação areia, pedra e magnetita, que é um material mais denso do que a areia, ele consegue ser mais resistente ao impacto das ondas e ressacas, aumentando a vida útil das estruturas e, consequentemente, da areia depositada no Litoral”, explicou.

De acordo com o diretor, os tetrápodes também vão garantir a manutenção da “onda de direita”, considerada a melhor onda para a prática do surfe, o que vai permitir manter os torneios desta modalidade esportiva no local.

Informações da AEN

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