A formatação do Plano Estadual para a Conservação de Grandes Felinos começou a ser estudada pelo Instituto Água e Terra (IAT) nesta semana.
A medida faz parte do Programa de Conservação de Grandes Felinos no Estado, lei sancionada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no fim de 2022. A iniciativa é em celebração ao Dia Internacional da Onça-Pintada, nesta quarta-feira (29).
A outra é o lançamento do e-book “Casos de suspeita de ataque por onças: como proceder?, Guia orientativo para agentes públicos do Estado do Paraná”, também disponível no site do órgão ambiental.
Mauro Britto, Biólogo da Divisão de Estratégias de Conservação do IAT, explica que o plano estadual prevê o levantamento da existência de onças-pardas (Puma concolor) e onças-pintadas (Panthera onca) no território paranaense, assim como o monitoramento desses animais.
De acordo com o Livro Vermelho da Fauna Paranaense, ambas as espécies correm risco de extinção em decorrência do desmatamento, caça e atropelamentos. Todas as proposições precisam ser colocadas em prática em um intervalo de até cinco anos.
A elaboração e execução do plano está sob responsabilidade do IAT, mas conta com a parceria do Projeto Onças do Iguaçu, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (ICMBio/CENAP), Grupo Especialista em Planejamento de Conservação (CPSG), Itaipu Binacional, Programa Mamíferos da Serra do Mar, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.
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A região de fronteira do Brasil com Paraguai e Argentina e a Serra do Mar são os locais selecionados para o estudo. As regiões por possuírem grandes áreas florestadas com remanescentes de Mata Atlântica e também pela existência confirmada de onças.
Os monitoramentos serão executados tanto por armadilhas fotográficas quanto pela captura desses animais para obter informações para abastecer um robusto banco de dados. A captura consiste em uma armadilha para prender o animal para que biólogos e veterinários possam anestesiar a onça e coletar o sangue e o pelo, por exemplo. Essa informações serão usadas na formatação de um banco genético.
Logo após os estudos, as onças são devolvidas ao habitat natural, sem nenhum risco para a saúde dos animais.