Nesta terça-feira (21), a partir das 8h30, começa o júri popular do caso que resultou na morte do prefeito de Piên, eleito em 2016, Loir Dreveck, e do técnico de segurança Genésio Almeida. Os dois foram mortos a tiros em 2016.
São réus no júri popular o ex-prefeito da cidade, Gilberto Dranka, e o ex-presidente da Câmara Municipal, Leonides Maahs. Os dois são acusados como os mandantes do crime. Também são réus Orvandir Arias Pedrini e Amilton Padilha, apontados como intermediário e atirador.
Esse é um dos julgamentos mais aguardados no município, que faz parte da Região Metropolitana de Curitiba. A sessão vai acontecer no Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Rio Negro, local mais próximo de Piên.
A defesa dos réus convocou 25 testemunhas para serem ouvidas. Durante o julgamento, os acusados também podem ser interrogados. Um deles, Amilton Padilha, está foragido. O júri pode durar por pelo menos três dias.
Se condenados, os réus podem receber sentença de até 30 anos de prisão.
O caso
O técnico em segurança Genésio de Almeida foi morto por engano, no dia 8 de dezembro de 2016. Genésio saiu de Piên e estava indo para São Bento do Sul, cidade onde trabalhava. Quando ele estava na PR-420, próximo de Trigolândia, uma moto passou por ele e o executou.
Menos de uma semana depois, no dia 14 de dezembro, José Loir Dreveck foi morto da mesma forma, com um tiro na cabeça, um pouco mais adiante na PR-420. O prefeito também saiu de Piên e ia em direção a São Bento do Sul.
Os dois homens tinham fisionomia parecida. Por essa razão, de acordo com os advogados de acusação, o atirador achava que estava seguindo Loir no dia 8 de dezembro.
A motivação do crime seriam desacordos políticos.
Em 2017, a Polícia Civil apontou que o crime foi planejado e que o principal autor seria Dranka.
Os acusados do duplo homicídio estão respondendo o processo em liberdade, usando tornozeleira eletrônica. Nas eleições de 2020, Dranka chegou a disputar as eleições para a prefeitura de Piên.