Um professora de um colégio estadual em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, está sendo investigada por suposto racismo contra uma policial militar. O caso aconteceu no dia 31 de maio e a ação da professora foi gravada por câmeras de segurança.
A soldado Luci Alves, vítima do racismo, conversou com exclusividade com a reportagem da Rede Massa | SBT. Ela é caseira permissionária do Colégio Estadual Leocádia Braga Ramos.
A PM contou que deu uma palestra educativa para alunos do colégio junto com outra policial. Horas depois, alguns estudantes relataram a ela que a professora tinha cometido racismo.
Professora chamou PM de ‘macacona’ em colégio de Pinhais
Segundo os alunos, a professora teria feito gesto de ânsia de vômito quando Luci deixou o local e imitado um macaco. Ela ainda teria se referido à PM com “aquela macacona, aquela preta”.
Câmeras de segurança da sala de aula registraram os gestos. Veja:
Os estudantes ficaram indignados e contaram o fato para a soldado, que registrou boletim de ocorrência.
O caso agora está sendo investigado pela Delegacia de Pinhais. Nos próximos dias, os estudantes e a professora serão ouvidos.
Em nota, a Secretaria da Educação disse que investiga o caso internamente. Veja:
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), por meio do Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Norte informa que o fato relatado na última quinta-feira (31), no Colégio Estadual Leocádia Braga Ramos, em Pinhais, foi devidamente registrado à autoridades policiais via Boletim de Ocorrência, pela própria permissionária, alvo da ofensa em tom racista. Na prestação da queixa, a permissionária foi acompanhada pelo próprio diretor da instituição, que encaminhou um ofício ao núcleo e forneceu informações detalhadas do fato para melhores esclarecimentos.
A chefia do NRE informa que está seguindo o protocolo institucional para apuração da situação e que uma sindicância será aberta nos próximos dias para investigação detalhada do acontecido. Caso comprovado o ato racista, a professora autora do fato responderá processo administrativo disciplinar correndo risco, inclusive, de destituição do cargo.
A Seed-PR lamenta o incidente e ressalta que repudia veementemente qualquer manifestação racista, defendendo a educação de inclusão e respeito à diversidade.