Um casal foi condenado à prisão pela morte de um rapaz autista em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. O crime aconteceu em fevereiro de 2022 e o júri popular foi realizado nesta quinta-feira (13).
Conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) a partir da investigação da Polícia Civil, o rapaz diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) era vítima de maus-tratos praticados pelo casal condenado, sua mãe e seu padrasto.
Rômulo Borges tinha 19 anos e foi encontrado morto dentro da própria casa, no dia 18 de fevereiro do ano passado, vítima de agressão.
A investigação apontou que o casal condenado mantinha o jovem em cárcere privado no banheiro de casa, que tinha sido adaptado para funcionar como um quarto.
Segundo o MPPR, o rapaz autista era amordaçado e sofria castigos físicos e mentais, inclusive com uso de violência.
Casal condenado por morte de rapaz autista no Paraná
O padrasto Samuel Silva foi condenado a 26 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado, cárcere privado, tortura e fraude processual.
Segundo o MPPR, era ele quem estava com Rômulo quando o jovem morreu e a cena do crime teria sido adulterada antes da chegada da Polícia Militar.
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A mãe, Renata Borges, foi condenada por cárcere privado e fraude processual e teve a pena fixada em três anos e dois meses de prisão, com possibilidade de responder em liberdade.
A 10ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, responsável pela denúncia e que atuou no julgamento, vai recorrer da sentença para tentar aumentar as penas dos réus.