O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) decidiu que o caso da morte da youtuber Isabelly Cristine dos Santos terá o júri popular realizado em Pontal do Paraná, no litoral do estado.
A defesa do réu Éverton Vargas entrou com pedido de desaforamento, solicitando que o júri fosse realizado em uma cidade diferente daquela onde o crime foi cometido. A medida, segundo a defesa, seria necessária pela comoção provocada no caso, o que poderia interferir no julgamento dos jurados.
Nesta quinta-feira (20), no entanto, o TJPR decidiu que o júri deverá acontecer na mesma cidade com a youtuber foi morta a tiros.
Os advogados de defesa do acusado pretendem entrar novamente com recurso para tentar mudar a sede do júri. Já a acusação, em nota, informou que a expectativa é que o julgamento aconteça em breve.
Caso Youtuber Isabelly: crime aconteceu há cinco anos
A youtuber Isabelly foi morta em fevereiro de 2018 na PR-412, no litoral do Paraná. À época do crime, a polícia apontou que a morte da jovem foi provocada durante uma briga de trânsito.
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Isabelly foi atingida por um tiro na cabeça e chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital poucas horas depois.
Na época do caso, a defesa do acusado alegou que ele atirou contra o veículo porque, durante a discussão, o motorista do carro teria feito ameaças.
Éverton Vargas foi denunciado por homicídio qualificado e porte ilegal de arma de fogo, e seu irmão, como cúmplice no crime e embriaguez ao volante. Eles chegaram a ser presos, mas o irmão dele foi liberado menos de um ano depois e responde apenas pelo crime de trânsito.
Júri do caso Isabelly foi adiado duas vezes
O réu pela morte da youtuber paranaense já teve o júri popular agendado duas vezes, mas em ambos os casos, o julgamento foi adiado.
Na primeira vez, em março do ano passado, o adiamento aconteceu a pedido dos advogados de acusação. Eles apontaram que erros no processo poderiam prejudicar o entendimento dos jurados na tomada de decisão, como a falta de imagens da reconstituição do crime.
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O júri do Caso Isabelly foi remarcado para novembro de 2022, mas foi postergado mais uma vez. Na ocasião, o problema foi o número insuficiente de jurados para iniciar a sessão.
A acusação argumentou que quatro dos sete jurados pediram dispensa por questões pessoais, enquanto a defesa do réu alegou que eles foram dispensados porque teriam “pré-julgamento do caso”.
Defesa vai pedir para júri acontecer em outra comarca
Em vídeo enviado à redação do Massa News, o advogado de defesa Cláudio Dalledone garante que ainda vai recorrer da decisão do TJPR, que negou o desaforamento do júri.
“Entendemos que aquele Conselho de Sentença disse que não tinha condições de julgar o processo com isenção de ânimos, e isso nós continuaremos perseguindo judicialmente até que isso venha a fazer com que o julgamento, sendo lá ou em outra comarca, tenha a isenção de ânimos em relação ao que irão decidir na vida de Everton Vargas”, explica o advogado.
No vídeo, Dalledone também explica o que levou ao adiamento dos julgamentos anteriores. Assista: