“Ele não estava bebendo”, diz sobrinha de motorista que atropelou menino

A sobrinha de Renato Porcina Braz afirmou que o tio não estava sob efeito de bebidas alcoólicas e que o carro apresentava falhas mecânicas no momento do acidente que vitimou Kaledy Enzo Eltermann Gonçalves, de 13 anos. O menino morreu atropelado em Rio Branco do Sul, na Grande Curitiba, na noite do último domingo (24).

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Reprodução/Redes sociais

Após ser linchado e esfaqueado, Renato morreu nesta terça-feira (26) no Hospital do Trabalhador, em Curitiba. De acordo com Thielsi Faria, sobrinha de Renato, ele já sabia que o veículo estava com problemas:

“O carro estava apresentando falha mecânica já. Ele já estava ciente […] foi uma perda muito grande para a família porque ele nunca foi uma pessoa ruim”,

conta Thielsi.

Dessa forma, além da hipótese criminal, a Polícia Civil também trabalha com a possibilidade de que problemas mecânicos ocasionaram o trágico acidente.

“Houve relatos de testemunhas do condutor ter perdido o controle do carro, do freio, o que explicaria a velocidade que ele teria descido a ladeira. Inclusive, as testemunhas disseram que com a perda do controle do veículo, ele jogou o carro para um veículo estacionado para fugir de um grupo de crianças que estava à frente”,

afirma o delegado Gabriel Fontana.

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Apesar do caso estar seguindo duas linhas de investigação, ele deve ser arquivado nos próximos dias devido a morte de Renato. A sobrinha reforça que o tio não bebeu no dia do acidente, conforme versão falada por testemunhas:

“Ele não estava alcoolizado, não estava bebendo. Ele estava com meu filho minutos antes, eles foram no parque brincar […] e não estava alcoolizado”,

diz Thielsi.

Menino morre atropelado em Rio Branco do Sul

Renato passou por uma lombada e perdeu o controle do veículo, batendo em outro carro estacionado e prensando Kaledy contra um poste. No momento do acidente, a vítima brincava com a bicicleta que tinha ganhado do tio de presente de Natal.

A Delegacia de Rio Branco do Sul investiga o caso. As diligências apontam que o homem estava em alta velocidade e na contramão. Além disso, testemunhas afirmaram que ele estava embriagado e com várias latas de bebida alcóolica no veículo.

Após atropelar o menino, Renato foi linchado por moradores de Rio Branco do Sul e agredido pelo pai de Kaledy.

“Aguarda-se o prontuário médico com o laudo de necropsia para saber até que ponto os golpes que ele sofreu do pai da vítima foram fatais ou não. Até que ponto esses golpes influenciam na morte do Renato”,

relata o delegado.

Caso seja confirmado que a causa da morte foram as agressões do pai de Kaledy, ele pode responder por homicídio: “A gente pode trabalhar com duas hipóteses: homicídio doloso e outra de homicídio doloso porém privilegiado […] tendo em vista a situação do filho dele”, finaliza o delegado.

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