Os sete acusados pela morte do ex-jogador Daniel Corrêa Freitas serão julgados a partir desta segunda-feira (18) no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Os sete réus são: Edison Luiz Brittes Júnior (que confessou ter matado Daniel), Cristiana Rodrigues Brittes (esposa de Edison), Allana Emilly Brittes (filha de Brittes), David William Vollero Silva (marido de Allana), Evellyn Perusso, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva e Ygor King.
Do total, apenas Edson Brittes e Eduardo da Silva estão presos enquanto aguardam o julgamento. O Fórum de São José dos Pinhais sorteou os 160 jurados, sendo que sete vão participar do júri popular.
O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), Luiz Fernando Tomasi Keppen, designou o juiz Thiago Flores Carvalho para o caso em 29 de novembro de 2023. Anteriormente, quatro juízes haviam se afastado.
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Claudio Dalledone Júnior foi o primeiro advogado da família Brittes, porém, deixou o processo. O escritório Mattar Assad assumiu a defesa em março de 2023. O Massa News tenta contato com o advogado.
Acusados do Caso Daniel
- Edson responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e cinco vezes por coação no curso do processo;
- Eduardo da Silva responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
- David Volerro e Ygor King também respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
- Cristiana Brittes responde por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menor;
- Allana Brittes responde por coação de testemunhas, corrupção de menor e fraude processual;
- Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual.
Caso Daniel
Em 27 de outubro de 2018, o jogador de 24 anos foi encontrado morto em uma área rural de São José dos Pinhais. Segundo a polícia, o rapaz estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.
O caso ocorreu após o jogador participar de uma festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes em uma casa noturna de Curitiba. Em seguida, ele foi até um ‘after’ na casa da família Brittes.
A denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) aponta que Daniel entrou no quarto de Cristina Brittes, que estava dormindo, e tirou fotos ao lado dela. As imagens foram enviadas em um grupo de amigos do jogador.
Edson Brittes viu o jogador na janela do quarto e foi até o cômodo, onde agrediu Daniel com outros homens que estavam da festa. Ele argumenta que a esposa foi estuprada pelo jogador.
Após as agressões, Daniel foi colocado em um carro e levado até um matagal. Na sequência, ele foi mutilado e degolado no local. O corpo da vítima foi encontrado horas depois.
Julgamento do Caso Daniel começa hoje
Cinco anos depois do crime, o júri popular começa nesta segunda-feira, às 8h30, com quatro testemunhas sigilosas. O julgamento deve acontecer até quarta-feira (20).
A família de Daniel, que mora no interior de Minas Gerais, viajou até o Paraná para acompanhar o julgamento. Nilton Ribeiro, advogado que representa a família, disse que nunca viu um crime cometido com tanta maldade.
“A expectativa é de um júri difícil, batalhado tanto pela defesa quanto pela acusação […] um caso polêmico, onde pedimos a condenação dos sete acusados”,
diz o advogado.
O Massa News tenta contato com as advogadas Jéssica Virgínia Moreira e Clarissa Taques, que representam Eduardo Henrique; com o advogado Rodrigo Faucz, que defende David Willian Vollero da Silva e Ygor King; e com a advogada Thayse Cristine Pozzobon, responsável pela defesa de Evellyn.