“Não guardo ódio”, diz mãe do jogador Daniel Corrêa

Eliana Corrêa, mãe do jogador Daniel Corrêa Freitas, brutalmente assassinado em São José dos Pinhais em 2018, afirma não mais guardar ódio dos acusados da morte do filho.

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Foto: Divulgação/Rede Massa

A declaração foi dada em entrevista a Giselle Camargo, apresentadora do programa Tá Na Hora Paraná, que estreia nesta segunda-feira (18) na Rede Massa.

Nesta segunda (18) começou o julgamento dos sete réus pela morte de Daniel. Mais de cinco anos após o crime, Eliana diz que “o coração está leve”.

“Eu não tenho sentimento de vingança, não tenho ódio, rancor. São pessoas que para mim nem existem. Quem fez isso, para mim não representa nada”, afirmou.

Eliana conta que já teve momentos de revolta, mas que “trabalhou isso”.

“O coração está leve. Tenho muita fé em Deus, tenho confiança que um dia a gente vai se reencontrar. É assim que eu vivo, não trago ódio no meu coração, trago amor”.

Assista à entrevista exclusiva de Giselle Camargo com Eliana Corrêa:

Júri dos acusados no caso do jogador Daniel começou nesta segunda

Cinco anos depois do crime, o júri popular do caso Daniel começou nesta segunda-feira, às 8h30, com quatro testemunhas sigilosas. O julgamento deve acontecer até quarta-feira (20).

Dos sete réus, apenas Edison Brittes e Eduardo da Silva estão presos. O Fórum de São José dos Pinhais sorteou os 160 jurados, sendo que sete participam do júri popular.

Acusados do Caso Daniel

  • Edison responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e cinco vezes por coação no curso do processo;
  • Eduardo da Silva responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
  • David Volerro e Ygor King também respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
  • Cristiana Brittes responde por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brittes responde por coação de testemunhas, corrupção de menor e fraude processual;
  • Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual.

Relembre o Caso Daniel

Em 27 de outubro de 2018, o jogador de 24 anos foi encontrado morto em uma área rural de São José dos Pinhais. Segundo a polícia, o rapaz estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.

O caso ocorreu após o jogador participar de uma festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes em uma casa noturna de Curitiba. Em seguida, ele foi até um ‘after’ na casa da família Brittes.

A denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) aponta que Daniel entrou no quarto de Cristina Brittes, que estava dormindo, e tirou fotos ao lado dela. As imagens foram enviadas em um grupo de amigos do jogador.

Edison Brittes viu o jogador na janela do quarto e foi até o cômodo, onde agrediu Daniel com outros homens que estavam da festa. Ele argumenta que a esposa foi estuprada pelo jogador.

Após as agressões, Daniel foi colocado em um carro e levado até um matagal. Na sequência, ele foi mutilado e degolado no local. O corpo da vítima foi encontrado horas depois.

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