A Polícia Civil já identificou o ex-aluno suspeito de fazer ameaças a uma pedagoga e aos estudantes de uma escola de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
O rapaz de 18 anos teria se revoltado com a forma como foi tratado ao procurar um serviço na escola e passou a fazer ameaças, tanto presencialmente quanto por e-mails. A pedagoga vítima do crime está assustada e disse que nunca imaginou passar por esse tipo de pressão no trabalho.
De acordo com Alessandra Maria Brandoni Oliveira, pedagoga ameaçada pelo rapaz, o ex-aluno foi até a escola pedindo explicações a respeito de um atendimento em que, segundo o suspeito, a profissional não teria dado atenção a ele.
O caso seria a respeito de uma confusão entre ele e uma aluna, e o autor das ameaças alegou que a menina tinha sido favorecida.
“Ele queria que eu pedisse desculpas e eu falei que tudo bem, se era isso que ele veio buscar, mesmo eu não lembrando da situação, eu pedi desculpas”, conta. Ela revela que “na hora dele sair, ele falou ‘eu vou voltar e não vai ter policial que vai me segurar, vou voltar armado’”.
“Terão suas cabeças estouradas”, ameaçou ex-aluno
Além de ameaçar as vítimas durante uma visita ao colégio, o rapaz também enviou e-mails para a secretaria da escola prometendo promover um ataque na instituição.
“Não gostei do jeito que fui tratado ontem à noite. Voltarei aí equipado e não vai ter policial que me pare. Vocês e seus alunos terão suas cabeças estouradas pelo meu fuzil, talvez assim vocês aprendam a tratar as pessoas como gente, seus brancos/pardos”, diz trecho da mensagem ameaçadora.
Em outro ponto da mensagem, o rapaz diz que “esse teatro que a pedagoga fez para fingir que não me conhecia vai acabar quando eu chegar atirando na sua maldita escola. Pode ser esse ano ou ano que vem, mas pode ter certeza que vai acontecer”.
Polícia investiga ameaça de ex-aluno à escola
O delegado Fábio Machado, responsável pela investigação do caso, já identificou o rapaz suspeito de ameaçar a pedagoga e, inclusive, já ouviu a versão do suspeito para o crime.
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“Estamos entrando em contato com seus familiares e vamos ouvir testemunhas dos fatos (…) Nós vimos que esse relato é infundado, a população não tem que ficar com medo”, assegura o delegado.
Ele reforça que, mesmo que as ameaças feitas pelo rapaz não tenham fundamento, o ato dele foi uma “ação irresponsável que deixou os funcionários, alunos e pais de alunos desesperados e ele vai responder por essa ameaça perante a justiça”.