A Justiça determinou medidas protetivas que devem ser seguidas pelo pedagogo acusado de assédio sexual contra alunas de um colégio estadual de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme decisão judicial, ele está proibido de chegar a menos de 300 metros das vítimas, da casa delas ou da escola onde elas estudam. Ele também está impedido de manter contato com as alunas por qualquer meio de comunicação.
O pedagogo, afastado do trabalho após as denúncias, também não pode frequentar o colégio onde os crimes teriam sido cometidos e também está proibido de sair da cidade sem comunicar o Judiciário.
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Por fim, o pedagogo acusado de assédio também deve comparecer a cada dois meses no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) para acompanhamento psicológico. Em caso de descumprimento de qualquer uma dessas medidas, a justiça pode decretar sua prisão preventiva.
Pedagogo suspeito de assédio contra alunas
Laura Ajala, uma das alunas que denunciou o pedagogo à polícia e expôs o caso nas redes sociais, comemorou a decisão judicial.
“Agora a justiça começou a ser feita e nós estamos esperando o processo correr para saber qual o desfecho de tudo isso. Se você, menino, menina, jovem ou adolescente, está passando por algo parecido, não se cale porque assédio não é elogio”, destaca.
Elizabeth Ajala, mãe da estudante, também celebrou a implementação das medidas protetivas. “Eu, como mãe, me sinto mais seguro e quero deixar um alerta a todas as mães e pais para que deem ouvido a seus filhos e não se calem”, comenta.
Pedagogo diz que acusação de assédio é “complô”
Em entrevista à Rede Massa | SBT gravada na época das denúncias, em meados de outubro, o pedagogo se disse vítima de “linchamento verbal, moral e profissional”.
Ele diz que o complô entre as estudantes seria motivado pelas cobranças de frequência nas aulas, além de um boletim de ocorrência registrado contra outra pedagoga.
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“Eu passei a denunciar as irregularidades de uma pedagoga que é responsável por essa aluna. Aí teve uma reunião na sala da diretora e ela me agrediu verbalmente, aos berros, e me chamou de ‘preto ridículo’”, disse o profissional, acusando-a de racismo.
“Nunca houve assédio sexual. Trabalho há 18 anos na Secretaria de Educação e nós temos a orientação de não tocar em aluno”, complementa.