A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o caso do teto do supermercado que desabou em Pontal do Paraná, no Litoral. A perícia apontou que a obra tinha “uma gambiarra”.
A tragédia causou a morte de três funcionárias. De acordo com o delegado Jader Roberto Ferreira Filho, o dono da construtora, o dono do supermercado e o responsável pela obra serão indiciados por três homicídios culposos e três lesões corporais culposas.
O dono da construtora também responderá por imperícia; o dono do supermercado por imprudência; e o responsável pela obra, por negligência.
O documento do inquérito, de mais de 300 páginas, trouxe irregularidades que continham na estrutura do mercado, especialmente na fixação da laje do terceiro piso, onde estavam três caixas d’água.
Segundo o perito Luiz Marukawa, havia uma “gambiarra”, que consistia em um pedaço de madeira que preenchia um espaço vazio entre um pilar e uma viga.
“O desabamento ocorreu em consequência do rompimento da parte inferior das lajes no terceiro pavimento, no ponto de apoio sobre a viga”, disse o perito.
Supermercado que desabou em Pontal do Paraná não tinha alvará
O delegado Jader Ferreira afirmou que o supermercado inaugurou sem alvará de funcionamento expedido pela Prefeitura de Pontal do Paraná, e que a administração municipal não respondeu ao ofício da Polícia Civil que requisitava o documento.
A obra também foi inaugurada sem a liberação do Corpo de Bombeiros, que recomendaram adequações no local dias antes da tragédia.
A Prefeitura de Pontal do Paraná informou que abriu uma sindicância para apurar os processos da emissão do alvará.
Agora finalizado, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que pode ou não oferecer denúncia contra os indiciados.
Relembre o caso: