A Polícia Civil do Paraná prendeu nove suspeitos de integrarem uma organização criminosa ligada ao tráfico de animais silvestres e exóticos em todo o Brasil.
A operação, realizada nesta segunda-feira (26), tinha como foco cumprir 11 mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão, frutos de investigação que começou em julho do ano passado. A ação aconteceu simultaneamente nas cidades de Curitiba, Araucária, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Matinhos, Colombo e Campina Grande do Sul, no Paraná, e em Joinville, em Santa Catarina.
Dos pesos, oito foram detidos no Paraná e um em Santa Catarina. A operação contou com apoio da Polícia Militar, Polícia Científica, Instituto Água e Terra (IAT), Prefeitura de Curitiba e Criadouro Onça Pintada.
Centenas de animais silvestres foram resgatados. Entre as espécies anunciadas pelos criminosos, estava uma cobra “corn snake”, vendida por quase R$ 50 mil. Segundo o delegado Guilherme Dias, a quadrilha chegou a vender um casal de arara-azul-de-lear, espécie rara, por R$ 200 mil.
Quadrilha investigada por tráfico de animais tinha grande operação de transporte
O delegado Guilherme dias explicou como os criminosos vendiam os animais silvestres. As espécies eram anunciadas em grupos nas redes sociais, podendo ser vendidas no atacado ou varejo.
“Eles vendiam tanto para o consumidor final quanto para o traficante. Uma vez que a negociação era formalizada, o pagamento era realizado por meio de depósito bancário, inclusive na conta de laranjas e pessoas mortas, e o animal era remetido”, afirmou Dias.
Para o transporte dos animais ao comprador, os criminosos usavam caminhões, ônibus, Correios e até carros de aplicativo, dependendo da distância. As espécies eram imobilizadas para caber nas caixas de transporte.
Os animais silvestres regatados serão encaminhados ao Zoológico de Curitiba e ao Criadouro Onça Pintada.
Os investigados podem responder por tráfico de animais, falsificação de documento público, associação criminosa e lavagem de dinheiro.