Vertedouro de Itaipu é aberto para escoar excesso de água

A Usina de Itaipu teve o vertedouro aberto nesta quarta-feira (1º) para escoar a água acumulada pelo excesso de chuvas. De acordo com a Itaipu Binacional, a medida é para garantir a segurança da barragem e o fornecimento de energia para o Brasil e Paraguai.

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Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional

A água escoada é o excedente que não é usado para a produção de energia. A empresa monitora a cheia no Rio Iguaçu e adotou a medida avaliando o regime de chuvas nas bacias do Rio Iguaçu e do Rio Paraná.

O vertedouro de Itaipu deve ficar aberto por pelo menos os próximos sete dias.

Pela manhã, a Itaipu chegou a verter 1,4 milhão de litros de água por segundo. A usina opera normalmente, na cota 219,23 acima do nível do mar, e produzindo quase 11 mil megawatts.

Itaipu diz que abertura do vertedouro não causa mais inundações

Há mais de 20 dias chove na cabeceira do Rio Iguaçu, que chegou a registrar uma vazão de 24 mil metros cúbicos por segundo (m³/s), quase 20 vezes a mais do que o normal. A previsão é que a chuva continue de forma intensa até sexta-feira (36_.

Com o excesso de chuva também no Rio Paraná, a Itaipu aguardava o recuo de pico do Rio Iguaçu para abrir o vertedouro. O superintendente de Operação da Itaipu, Rodrigo Pimenta, falou que não haverá novos alagamentos.

“Com base nas previsões atuais, a abertura não deve causar inundações adicionais. No entanto, em função das chuvas previstas para quinta-feira e sexta-feira, recomendamos que à população atingida não retorne para suas casas até que a situação se normalize”, afirmou Pimenta.

Mesmo com o escoamento pelas comportas, o nível do Rio Paraná na região da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), deve se manter inferior ao que foi registrado no pico da cheia, quando o chegou 119 metros acima do nível do mar.

Famílias foram atingidas por cheias

No Paraguai, cerca de 400 famílias ribeirinhas estão sendo assistidas pela Itaipu em diferentes bairros. O mais afetado é o San Rafael, em Ciudad del Este, com cerca de 140 casas atingidas. A maioria está em albergues mantidos pela Itaipu, outras foram para casa de familiares e amigos(as).

Segundo a empresa, as pessoas estão sendo orientadas a aguardar a situação voltar ao normal para retornar aos seus lares. No lado brasileiro, foram impactados alguns pontos como o Iate Clube Cataratas e o porto de areia, no bairro Porto Meira. Apenas uma família, que vive nas imediações do antigo Espaço das Américas, precisou ser desalojada.

“A Comissão Especial de Cheias da Itaipu (CEC) permanece mobilizada para dar toda a assistência às famílias atingidas pelas inundações, mitigar os impactos para a população ribeirinha e manter o fornecimento de energia elétrica para o Brasil e Paraguai”, informou a Itaipu.

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