José Tiago Correia Soroka, de 33 anos, continua à solta. Ele é apontado pela Polícia Civil como autor de três assassinatos contra homossexuais no Paraná e em Santa Catarina. Além de cometer os crimes, segundo a polícia, ele ainda subtraía os pertences das vítimas que eram atraídas por aplicativos de relacionamento.
Os crimes aconteceram entre os dias 27 de abril de 16 de maio. No dia 11 deste mês, Soroka tentou cometer outro crime, no bairro Bigorrilho, em Curitiba, mas a vítima sobreviveu ao ataque e deu detalhes à polícia. Enquanto era mantida refém, a vítima questionou o suspeito que disse matar por prazer.
“Por sorte, essa pessoa era um rapaz alto e conseguiu lutar para sobrevier. Enquanto a vítima estava sob o poder dele [suspeito], ele teve a frieza de dizer que era o ‘Coringa’, personagem do filme ‘Batman’, e que gostava de matar. Não descartamos a possibilidade de aparecem outras vítimas do acusado”, disse o delegado Thiago Nóbrega.
A Polícia Civil chegou até o suspeito depois de comparar as mortes do enfermeiro, David Levisio, o estudante de medicina, Marco Vinício Bezerra, e o professor catarinense, Robson Paim. Os crimes aconteceram no apartamento dos jovens, que foram encontrados com sinais de asfixia.
Um mandado de prisão foi expedido pela Justiça. O acusado consta com passagens por roubo em 2015 e 2019 e está proibido de se aproximar das ex-esposas, que pediram uma medida protetiva contra o rapaz, que permanece foragido.
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A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) solicita a colaboração da sociedade com informações que auxiliem na localização do procurado. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 197 da PCPR, 181 Disque Denúncia ou pelo 0800-643-1121, diretamente à equipe de investigação.
Alerta
Diante dos casos que chocaram a população, a Polícia Civil faz um pedido para que os jovens fiquem atentos ao usarem aplicativos de relacionamentos e que não levem desconhecidos para casa.
“Preferimos divulgar as imagens por ele estar matando uma pessoa por semana. Fica o alerta principalmente para o público gay: se for manter relações sexuais com desconhecido, que procure identificar se essa pessoa tem um perfil verdadeiro, peça pra que a pessoa faça um cadastro na portaria ou evite, se possível, por um tempo esse tipo de relacionamento até tirar esse cidadão de circulação”, concluiu Nóbrega.
Crimes
As três vítimas eram homossexuais e moravam sozinhas. Os três homens foram encontrados mortos na cama de suas residências com sinais de asfixia e tiveram pertencentes subtraídos.
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De acordo com as investigações, o suspeito marcava os encontros por aplicativos de relacionamento entre homossexuais. Em um primeiro momento, o indivíduo trocava fotos com as vítimas e posteriormente se deslocava até a residência, ao chegar no o local as estrangulava. Após o sufocamento as cobria com cobertas.