A Polícia Civil investiga a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond e acredita que ele morreu após comer um brigadeirão envenenado. A principal suspeita do crime, a namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, é considerada foragida.
O corpo do empresário foi encontrado no apartamento dele, em avançado estado de decomposição. Luiz morava no Engenho Novo, no Rio de Janeiro.
A perícia informou que a causa da morte é inconclusiva, mas o laudo da necrópsia aponta para ‘pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo’, segundo o G1.
O empresário foi visto com vida pela última vez no dia 17 de maio. Câmera de segurança do elevador do prédio dele mostra o momento em que Luiz carrega um prato – onde supostamente estaria o brigadeirão envenenado – e Júlia oferece uma cerveja. Os dois se beijam antes de saírem do elevador.
Namorada é suspeita da morte de empresário
Os investigadores encontraram um analgésico de uso controlado na cena do crime. A polícia informou que Júlia comprou esse remédio 9 dias antes do último vídeo registrado com Luiz Marcelo.
O corpo do empresário foi encontrado no último dia 20 pelo Corpo de Bombeiros, depois que vizinhos entraram em contato reclamando do cheiro forte vindo do apartamento da vítima. A perícia apontou que ele estava morto há pelo menos cinco dias.
Ainda de acordo com a polícia, a namorada do empresário teria cometido o crime para ficar com os bens da vítima e já é considerada foragida. A polícia também acredita que Júlia passou todo o fim de semana no apartamento, ao lado do corpo do namorado.
A suspeita prestou depoimento à polícia dois dias depois do corpo ser encontrado e disse que deixou o apartamento do namorado no domingo, depois de uma discussão, mas que Luiz aparentava estar bem.
Cigana presa por morte com brigadeirão envenenado
O caso do empresário morto após comer um brigadeirão envenenado já tem uma pessoa presa. A cigana Suyane Breschak foi detida pela polícia por suposta participação no crime – ela é amiga de Júlia.
A polícia descobriu que Júlia saiu do prédio no dia 18 de maio com o carro do namorado, mas voltou para o apartamento sem ele. Ela alegou que deixou o veículo para ser vendido, mas não sabia dizer o destino do carro.
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No entanto, os investigadores descobriram que ela deixou o carro com um casal de amigos – a mulher é justamente a cigana que acabou presa por envolvimento no crime.
Suyany disse que conhece Júlia há mais de 12 anos e já tinha feito ‘trabalhos’ para ela com outros ex-namorados. Por conta disso, ela teria uma dívida de mais de R$ 600 mil, e pagava R$ 5 mil mensais à cigana para quitar o débito.
O carro teria sido entregue à cigana para reduzir a dívida, conforme apurou a polícia. O caso segue sob investigação e a suspeita ainda não tinha sido encontrada até a publicação desta matéria.