Caso Daniel: justiça marca nova data para julgamento

A Justiça marcou uma nova data para o julgamento dos acusados de envolvimento no Caso Daniel, jogador morto em 2018 em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O júri agora está agendado para acontecer no dia 18 de março no Fórum de São José dos Pinhais a partir das 8h30. A decisão foi publicada pelo juiz Thiago Flôres Carvalho, quinto juiz designado para o caso após os anteriores desistirem do julgamento sob alegação de foro íntimo.

O crime aconteceu há cinco anos e sete réus aguardam julgamento, mas apenas dois deles continuam presos. Eles serão submetidos ao júri popular.

Quinto juiz dá andamento ao Caso Daniel

Thiago Flores Carvalho é o quinto juiz a assumir o Caso Daniel desde a data do crime. O último a deixar o processo foi Guilherme Moraes Nieto, que alegou “motivos de foro íntimo” para declinar do caso apenas dois dias depois de ser designado.

Antes dele, também já tinham alegado o mesmo motivo para abandonar o processo os juízes Marcos Takao Toda, Luciani Regina Martins de Paula e Diego Paolo Barausse.

Caso Daniel aconteceu em 2018

O jogador Daniel Corrêa de Freitas foi assassinado em 27 de outubro de 2018 em São José dos Pinhais. O corpo dele foi encontrado degolado numa área de matagal – o órgão genital dele foi decepado, segundo a polícia.

No dia do crime, o jogador participou da festa de aniversário de Allana Brittes em uma casa noturna de Curitiba e, em seguida, foi até um ‘after’ na casa da família Brittes.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), Daniel entrou no quarto de Cristina Brittes, que estava dormindo, e tirou fotos ao lado dela. As imagens foram enviadas em um grupo de amigos do jogador.

• Ambulância do Samu com mulher grávida se envolve em acidente
• Piloto de moto morre em acidente na Linha Verde, em Curitiba
• Pedestre é atropelado por moto: ele e o piloto morreram

Do quintal da casa, Edson Brittes viu o jogador na janela do quarto e foi até o cômodo, onde passou a agredir Daniel ao lado de outros homens que participavam da festa – ele argumenta que a esposa foi estuprada pelo atleta.

Depois de ser brutalmente agredido, Daniel foi colocado em um carro e levado até uma área de mata. Ele foi mutilado e degolado no local e seu corpo foi encontrado horas depois.

Acusados do Caso Daniel

Dos sete réus do Caso Daniel, apenas Edson Brittes e Eduardo da Silva estão presos enquanto aguardam o julgamento.

• Edson responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e cinco vezes por coação no curso do processo.
• Eduardo da Silva por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
• David Volerro e Ygor King também respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
• Cristiana Brittes por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menor.
• Allana Brittes responde por coação de testemunhas, corrupção de menor e fraude processual.
• Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual.