“Não tem mais aquela alegria de sair, de dançar, de ir pra festa, isso eu não faço mais”. O desabafo é de Eliana Correa, mãe do jogador Daniel Corrêa, brutalmente assassinado em São José dos Pinhais em 2018.
A declaração foi dada em entrevista a Giselle Camargo, apresentadora do programa Tá Na Hora Paraná, que estreia nesta segunda-feira (18) na Rede Massa. A entrevista exclusiva vai ao ar a partir das 18h30.
O julgamento dos sete acusados de envolvimento na morte do jogador Daniel começou nesta segunda. A expectativa é que o júri popular no Fórum de São José dos Pinhais siga pelo menos até a próxima quarta-feira (20).
“Até hoje às vezes eu penso que isso não aconteceu, porque parece um filme, pra mim”, lamenta Eliane, que desembarcou no Aeroporto Afonso Pena na noite de domingo (17) para acompanhar presencialmente o julgamento dos sete acusados do crime.
Caso Daniel: julgamento começa hoje
Dos sete réus, apenas Edson Brittes e Eduardo da Silva continuam presos enquanto aguardam o julgamento. Sete jurados foram sorteados para analisar o caso, sendo quatro mulheres e três homens.
As acusações sobre cada acusado são as seguintes:
- Edson responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e cinco vezes por coação no curso do processo;
- Eduardo da Silva responde por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
- David Volerro e Ygor King também respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;
- Cristiana Brittes responde por homicídio qualificado, fraude processual e corrupção de menor;
- Allana Brittes responde por coação de testemunhas, corrupção de menor e fraude processual;
- Evellyn Perusso foi denunciada por fraude processual.
Relembre o Caso Daniel
Em 27 de outubro de 2018, o jogador Daniel Correa, de 24 anos, foi encontrado morto em uma área rural de São José dos Pinhais. Segundo a polícia, o rapaz estava parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.
O caso ocorreu após o jogador participar de uma festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes em uma casa noturna de Curitiba. Em seguida, ele foi até um ‘after’ na casa da família Brittes.
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A denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) aponta que Daniel entrou no quarto de Cristina Brittes, que estava dormindo, e tirou fotos ao lado dela. As imagens foram enviadas em um grupo de amigos do jogador.
Edson Brittes viu o jogador na janela do quarto e foi até o cômodo, onde agrediu Daniel com outros homens que estavam da festa. Ele argumenta que a esposa foi estuprada pelo jogador.
Após as agressões, Daniel foi colocado em um carro e levado até um matagal. Na sequência, ele foi mutilado e degolado no local. O corpo da vítima foi encontrado horas depois.