O deputado federal Matheus Laiola e três policiais civis foram denunciados à Justiça e se tornaram réus por sequestro, cárcere privado e concussão.
Eles são alvo de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR).
De acordo com o Gaeco, os crimes teriam acontecido em fevereiro de 2019, quando Laiola ainda era o responsável pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em Curitiba.
Os fatos foram investigados na Operação Mônaco, que apura a prática de crimes por agentes da delegacia.
Conforme a investigação do Gaeco, Matheus Laiola e três policiais civis teriam exigido R$ 50 mil do dono de uma rede de postos de combustíveis para liberarem um funcionário que teria sido preso indevidamente dias antes em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Deputado Matheus Laiola vira réu em processo
De acordo com o Gaeco, o empregado do posto teria sido preso em flagrante por supostas irregularidades no estabelecimento. O MPPR sustenta que a prisão aconteceu “sem qualquer fato ou ordem judicial que justificasse a prisão”.
- Idosa morre atropelada por trem no bairro Cajuru
- Acidente com moto deixa ciclista em estado grave na Linha Verde
- Buscas por jovem que sumiu no mar em Guaratuba entram no 4º dia
A investigação do Gaeco revelou que o funcionário foi solto depois do pagamento de R$ 10 mil pelo dono do posto ao grupo de policiais.
Outro policial que também teria participado do caso também foi denunciado pelo MPPR, mas teve seu processo desmembrado por estar preso preventivamente.
Posicionamento do deputado Matheus Laiola
Em nota, os advogados do deputado Matheus Laiola alegam que “os fatos apresentados não condizem com a realidade”.
A defesa do parlamentar garante que recebeu a notícia da denúncia à Justiça “com estranhamento” e que vai demonstrar que Laiola não cometeu “qualquer prática ilegal” durante o andamento do processo. Leia abaixo na íntegra:
O deputado Matheus Laiola, por intermédio de seus advogados constituídos, refuta com veemência os fatos apresentados pelo Ministério Público, uma vez que não condizem com a realidade. O Deputado Matheus, no exercício da sua atividade como delegado de polícia, sempre atuou de forma estritamente legal e ética, na defesa dos cidadãos e da causa animal. Assim, é com estranhamento que recebe a notícia do recebimento da denúncia, que corre em segredo de justiça, da qual não foi intimado, deixando claro que a ausência de qualquer prática ilegal será demonstrado no curso do processo.