Um suspeito de extorsão sexual foi preso nesta quinta-feira (5) no Paraná em operação deflagrada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc) da Polícia Civil de Goiás. Ele foi encontrado em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com a polícia, o homem é investigado por ‘sextortion’, crime de extorsão virtual com cunho sexual. Ele teria movimentado R$ 1 milhão com a extorsão sexual de pelo menos 15 vítimas em Goiás e mais de mil em todo o país, segundo a polícia.
A investigação aponta que o suspeito enviava um e-mail para as vítimas dizendo ter invadido o computador ou celular dos alvos e coletado fotos e vídeos íntimos.
Em seguida, exigia entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, com pagamentos via criptomoedas, ameaçando divulgar as imagens ‘pornográficas’ obtidas nos aparelhos das vítimas.
O suspeito já tinha passagens por crimes de extorsão, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Caso seja condenado, pode pegar dez anos de prisão por cada crime cometido.
A identidade do suspeito não foi divulgada e, por isso, não foi possível encontrar a defesa dele.
Sextortion: suspeito de extorsão sexual preso em Piraquara
De acordo com a Folha de S. Paulo, os e-mails enviados às vítimas têm vários erros de português e tom de ameaça. Ele alega ter invadido celulares e computadores usando um “vírus polimórfico, totalmente indetectável nos sistemas operacionais de todos os dispositivos”.
Em uma das mensagens enviadas às vítimas, divulgada pela Folha, ele diz que “em meio à todas as informações que obtive hackeando você, observei, pelos sites adultos que você acessa, que poderia captar imagens de você sem roupas ou masturbando-se, e após algum tempo consegui o material obsceno”.
- Vídeo flagra carro atropelando vítimas na Praça Tiradentes
- Carro invade calçada na Praça Tiradentes; uma pessoa morreu
- Carro que invadiu Praça Tiradentes estava na contramão
O bandido ainda ameaça a vítima: “se tem dúvidas ainda, em alguns cliques posso fazer upload em qualquer site e enviar para os seus contatos, amigos e familiares”.
O criminoso ainda sugere que a polícia e os amigos da vítima não devem ser contatados para que ele não publique os conteúdos. “Se eu descobrir que o fez (como pode ver, não é assim tão difícil, tendo em conta que controlo todos os seus sistemas) o seu video será imediamente enviado para as redes sociais, e para todos os seus contatos do WhatsApp e, para fechar com chave de ouro, irá ser feito o upload para o Xvideos”, escreve no final do e-mail.