O núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MPPR) deflagrou nesta quinta-feira (7) operação contra a guerra de facções do tráfico que vem provocando onda de homicídios no Paraná.
A segunda fase da Operação Pax investiga uma quadrilha que lavava dinheiro do tráfico. Com apoio das polícias Civil, Militar e Científica, foram cumpridos cinco mandados de prisão e 25 de busca e apreensão.
Os mandados foram cumpridos em Curitiba, Ponta Grossa e São José dos Pinhais e nos estados de São Paulo (Birigüi) e Rondônia (Porto Velho). Duas pessoas também foram presas em flagrante por tráfico de drogas e porte de munições.
As investigações começaram há dois anos e identificaram a quadrilha que, para dominar o mercado do tráfico de drogas e armas, executaram vários rivais, tanto em Ponta Grossa como em outras cidades do estado.
Guerra de facções na mira do Gaeco no Paraná
Conforme o MPPR, os criminosos agiam sem dar qualquer chance de defesa para as vítimas, com dezenas de tiros e, em alguns casos, com o uso de armas de fogo de uso exclusivo das forças armadas.
“Esse contexto de “guerra de facções”, apontaram as investigações, teria sido responsável pelo aumento do número de homicídios na região de Ponta Grossa nos anos anteriores”, diz o MPPR.
Na primeira fase da Operação Pax, realizada em 2022, houve queda no número de homicídios a partir de prisões e apreensões realizadas pelo Gaeco.
A partir dessa primeira etapa, o Gaeco de Ponta Grossa entrou com duas ações penais contra 16 pessoas pelos crimes de organização criminosa, porte e posse irregular de armas de fogo de uso permitido e restrito, disparos de arma de fogo e uso de documentos falsos.
Operação Pax combate ‘guerra de facções’ no Paraná
A sequência das investigações apontou o crime de lavagem de dinheiro com o uso de ‘laranjas’ para a movimentação de dezenas de milhões de reais arrecadados com a venda de drogas e armas.
O Gaeco também identificou outros membros da quadrilha que também participaram de execuções, ainda dentro do contexto de guerra de facções.
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Nesta segunda fase da operação, além das prisões e buscas em residências e empresas, foram realizadas buscas em um presídio para localização de materiais ilícitos e aparelhos celulares, uma vez que muitos dos presos, inclusive a principal liderança do grupo, estariam envolvidos na prática de crimes a partir dos estabelecimentos penais.
O líder da organização criminosa foi preso no Rio de Janeiro em dezembro do ano passado e atualmente encontra-se em presídio federal de segurança máxima.