Os três acusados por um triplo homicídio ocorrido em uma praça de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), foram absolvidos durante o júri popular realizado nesta semana. O crime ocorreu no dia 24 de julho de 2021.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), Alex Wendell Costa Renaud, de 26 anos, Luiz Rafael Nogueira, de 29, e Paul Fernando Lopes Singer, de 30, foram rendidos e executados com disparos de arma de fogo na cabeça.
Os réus Rafael Ferreira do Nascimento, de 26 anos, Rodrigo Flazio de Almeida, de 27 anos, e Wagner Alves Domingos de Souza, de 29 anos, respondiam por homicídio qualificado por motivo fútil e emprego de recurso que dificultou a defesa do ofendido. Eles sempre negaram envolvimento com os assassinatos.
De acordo com o advogado criminalista Heitor Luiz Bender, a acusação se baseava exclusivamente em depoimentos de testemunhas, sem nenhum outro tipo de prova.
“Não há nenhuma prova concreta que ligue os acusados ao crime. Eles se envolveram em uma briga anterior, no local onde ocorreram os fatos, e por isso foram vítimas de uma investigação, vista pela defesa, como no mínimo negligente e irresponsável”.
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“Tanto é que foi confirmado por várias pessoas que o local do crime funcionava como ponto de venda de drogas durante a noite. O que nos faz acreditar que as execuções estejam ligadas ao tráfico de droga, pela forma em que as vítimas foram mortas, bem como pelo fato de não estarem sequer presentes durante a briga anterior com os acusados”, completa Bender.
Triplo homicídio em praça de Colombo
Os assassinatos ocorreram na praça do Centro de Artes e Esportes Unificados Daniel de Jesus Rosa, no bairro Alto Maracanã. Local em que, poucas horas antes do crime, Rafael e Rodrigo foram espancados por um grupo de homens.
Segundo a denúncia, Rafael, Rodrigo e Wagner renderam as vítimas e ordenaram que todas deitassem de bruços. Na sequência, Wagner teria executado os três com vários tiros, enquanto Rafael e Rodrigo davam cobertura.
A motivação seria vingança pelas agressões. Algumas testemunhas afirmam, no entanto, que as vítimas não faziam parte do grupo que bateu nos acusados.