Homofobia em shopping: polícia divulga retrato falado de suspeito

A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (14) o retrato falado do homem suspeito de homofobia em um shopping de Curitiba.

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Foto: Divulgação/Polícia Civil

O crime aconteceu em 30 de novembro do ano passado no bairro Mossunguê e foi exposto nas redes sociais pela vítima da discriminação, um rapaz de 29 anos.

No dia do crime, a vítima estava no banheiro do shopping quando cruzou com outro cliente que o ameaçou e perseguiu por quase 600 metros dentro do estabelecimento.

Felipe Guiguel, vítima da homofobia no shopping, contou em vídeo nas redes sociais algumas das palavras que ouviu enquanto era perseguido pelo criminoso. “Tem um viadinho aqui. Vou te matar”, revelou o rapaz.

“Ele estava com o telefone no rosto me descrevendo para alguém, falando que tinha um viadinho no shopping para matar. Eu entrei em pânico”, conta o rapaz.

Retrato falado de suspeito de homofobia

O delegado José Pinhão, responsável pela investigação do caso, explica que as câmeras de segurança do local ajudaram no andamento do trabalho e na confecção do retrato falado do autor.

“Solicitamos que a vítima comparecesse até o Instituto de Identificação do Paraná (IIPR), no setor de representação facial humana, para repassar as características do indivíduo. Conforme relato, seria um homem de cor branca, cabelo preto e curto, olhos castanhos, altura de 1,77 metros e idade aproximada de 20 anos”, afirma Pinhão.

A Polícia Civil continua investigando o caso para identificar o suspeito e esclarecer os fatos.

Como é feito o retrato falado

A técnica de confecção de retrato falado é usada pelo IIPR por meio dos papiloscopistas policiais. É usado um software em que são mostradas páginas com rostos, olhos, nariz e boca para quem está descrevendo o suspeito.

O papiloscopista Rodrigo Bertuol explica que, após unificar todas as peças, a imagem é exportada para um programa de edição para equalizar os tons de pele e incluir acessórios caso a vítima aponte que eles serão necessários na identificação, como bonés ou roupas com características específicas.

No final, a vítima indica qual o grau de similaridade entre o retrato falado e a imagem que estava querendo descrever.

“O retrato falado busca sempre fazer com que a pessoa que está descrevendo o suspeito repasse algumas características que auxiliarão a equipe de investigação a chegar no autor do crime”, conclui Bertuol.

Reconheceu o suspeito? Denuncie!

Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil pede o auxílio da população com informações que ajudem na identificação do criminoso. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos números 181 e 197.

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