A mãe de Allanderson Fernandes, acusado de esfaquear um jovem em um ônibus na última quinta-feira (8), revelou como soube do crime que seu filho havia cometido: “Mãe, eu matei um menino”.
Jovem esfaqueado em ônibus
O caso aconteceu na última quinta-feira, quando Matheus João de Castro Santana foi esfaqueado no ônibus Pinhais/Rui Barbosa, em Curitiba, e não resistiu aos ferimentos, morrendo no local do crime.
Allanderson Fernandes, acusado de ter esfaqueado o jovem, foi preso no início da madrugada de sexta-feira (9).
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O criminoso foi preso em sua casa na região do bairro Uberaba. Ele foi detido sem os pertences da vítima. De acordo com o suspeito, ele vendeu o celular do jovem em um local próximo, por R$ 400.
Mãe revela como soube do crime
Em entrevista à equipe do Tribuna da Massa, Beatriz Lilian Erdman, mãe de Allanderson Fernandes, revelou como foi o momento em que seu filho lhe contou o que havia feito.
“Mãe, eu matei um menino. Quando ele viu que eu passei mal no telefone, ele falou que era brincadeira”, disse Beatriz.
Beatriz é pastora e afirma que criou o filho dentro dos princípios cristãos, e contou como tem sofrido com toda a situação causada por Allanderson.
“Desde jovem, eu gosto de ajudar as pessoas. Nesse ministério, tem vários moradores de rua, dependentes de drogas que a gente tá ali para cuidar, e quando um jovem me falou que meu filho estava usando, foi um baque muito grande”, desabafou a mãe.
Beatriz afirma que seu filho deve pagar pelo crime que cometeu, mas também pede por mais auxílio do poder público para ajudar nos casos de pessoas que são dependentes químicos.
“Prender não seria o caso, eu acho que ele deveria pagar em serviço comunitário, trabalhar e cuidar do psicológico dele”, disse a mãe.
O advogado de defesa da família ressaltou que Allanderson é um dependente químico, e todas as condenações dele foram no mesmo crime.
“Não tenho palavras para descrever a condenação do meu filho, mas eu peço perdão para a família, para o pai e a mãe”, disse a mãe do acusado.
Allanderson Fernandes usou o dinheiro da venda do celular roubado para comprar drogas e roupas. Além disso, o suspeito se desfez da faca usada para matar o jovem.