Os moradores da região da Vila Torres incendiaram um ônibus no início da tarde desta segunda-feira (21). O protesto aconteceu após um rapaz de aproximadamente 25 anos morrer em confronto com a polícia nesta manhã.
O motorista e os passageiros saíram do transporte coletivo antes dos suspeitos colocarem fogo no veículo. A região ficou sem luz após as chamas atingirem os fios de energia.
O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar (PM) e a Companhia Paranaense de Energia (Copel) foram acionados.
O confronto aconteceu durante operação que busca suspeitos de tráfico de drogas e homicídios na região.
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A ação policial envolve agentes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Cope, Rone e Polícia Militar e foi desencadeada nas primeiras horas desta segunda. Durante o cumprimento de um dos mandados, em um sobrado, o suspeito tentou fugir e reagiu à abordagem atirando contra os policiais. No confronto, ele foi baleado e morreu antes mesmo da chegada dos socorristas.
Equipes da Polícia Científica e do Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas para fazer a perícia no local da morte e também para recolher o corpo da vítima.
Além do homem morto no confronto, outro suspeito foi preso. Drogas, armas e dinheiro foram apreendidos nos locais alvos dos mandados.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) afirmou que está acompanhando o caso:
“O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) repudia o incêndio criminoso do ônibus articulado de prefixo CA601, linha Cabral/Portão, da empresa Auto Viação Santo Antonio, ocorrido no início da tarde desta segunda-feira (21), na Vila Torres. De acordo com as primeiras informações, o ato teria sido motivado em resposta a uma ação da polícia no local.
Felizmente, ninguém se feriu. No entanto, o vandalismo deixa outras consequências, e quem sai prejudicada é toda a sociedade. Uma delas é imediata: menos ônibus para atender a população.
O Setransp acompanha o caso de perto e já entrou em contato com a Urbs e os órgãos de segurança para que esse tipo de ato seja coibido rapidamente e os culpados, punidos, a fim de que essa prática não se torne corriqueira e, potencialmente, trágica”.