O principal suspeito do crime que deixou mãe e filha mortas em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba (RMC), foi preso pela Polícia Civil. O homem teria matado Daniele Richalski Favaro, de 41 anos, e Emillyn Richalski Tracz, de 17 anos, para eliminar provas de um estupro contra a adolescente.
O suspeito era padrinho de Emillyn e teria cometido o crime quando a vítima tinha 11 anos, de acordo com a Polícia Civil.
“O que teria motivado o crime seria os supostos abusos que a jovem teria sofrido no início da adolescência. Ela teria avisado a mãe e enviado os ‘prints’ das conversas sobre as relações sexuais que eram mantidas”,
afirma o delegado Ademair Braga.
O homem foi encontrado pelos policiais civis na tarde desta terça-feira (7) e foi levado até a delegacia de Campo Largo após um mandado de prisão. Ele já tinha sido identificado pelos investigadores depois que um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele, em fevereiro.
O suspeito foi flagrado com três armas de fogo e o teste balístico comprovou que os tiros que deixaram mãe e filha mortas em Campo Largo partiram de uma dessas armas.
“A ideia dele era a chamada ‘queima de arquivo’, de eliminar as provas dos crimes que havia cometido”,
finaliza o delegado.
O homem vai responder por duplo homicídio e segue preso, à disposição da justiça. A Polícia Civil investiga se ele teria efetuado os disparos ou se teria emprestado a arma para outra pessoa cometer o crime.
Mãe e filhas mortas em Campo Largo
Daniele e Emillyn foram executadas com tiros na cabeça e nas costas na noite de 11 de fevereiro. A adolescente não morava na cidade e estava passando férias com a mãe no bairro Botiatuva.
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Segundo a polícia, no momento do crime, havia cinco pessoas dentro da casa. Além de mãe e filha, estavam também o namorado da mãe e mais dois sobrinhos dela, que também passavam as férias ali.
Durante o tiroteio as crianças se trancaram no banheiro para não morrerem. O namorado pulou a janela e conseguiu fugir. Foi ele quem contou para a polícia que escutou os criminosos pedindo pelos celulares das vítimas.