A Polícia Civil recuperou a motocicleta utilizada no feminicídio de Ana Paula Campestrini, no dia 22 de junho deste ano. O veículo foi encontrado enterrado na zona rural de São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba. De acordo com a polícia, o veículo foi usado por Marcos Antônio Ramon no dia do crime – ele foi denunciado pelo MPPR como autor dos tiros que causaram a morte da diarista.
Segundo a polícia, as peças da moto estavam enterradas e os responsáveis por esconder o veículo chegaram a raspar o chassi, mas esqueceram de esconder esse número no adesivo do fabricante. A delegada Tathiana Guzella explica que a pessoa responsável por esconder a moto e fazer a denúncia do crime vem sofrendo ameaças e, por isso, não terá a identidade revelada. “Estamos preservando a identificação das pessoas que informaram a localização da moto para a segurança da própria pessoa e de sua família, que vem sendo ameaçada”, esclarece.
A delegada acrescenta também que agora cabe ao Ministério Público decidir como a pessoa que escondeu a moto será enquadrada. “Como o inquérito principal já terminou, só o Ministério Público vai ter essa decisão”, comenta a policial. Sobre uma possível relação entre os indiciados e a pessoa que enterrou as peças da moto, ela disse apenas que “existia uma relação, mas não eram amigos, existem outros tipos de relação”.
O crime
No dia do crime, Ana Paula foi induzida a ir até o clube recreativo fazer a carteirinha para ter acesso aos treinos dos filhos na unidade. Depois que saiu, foi perseguida pelo atirador até a entrada do condomínio onde morava.
Chegando na residência, foi abordada pelo homem que a perseguiu em uma motocicleta. Quando Ana Paula abaixou o vidro do carro, o suspeito atirou aproximadamente 14 vezes contra ela.