Peritos da Polícia Científica e investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil estiveram no início da tarde desta sexta-feira (25) em um galpão que fica na sede recreativa da Sociedade Morgenau.
O clube era presidido por Wagner Cardeal Oganauskas e tinha Marcos Antônio Ramon como um de seus diretores – os dois são suspeitos de planejarem e executarem o assassinato de Ana Paula Campestrini.
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A delegada Tatiana Guzella, que comanda a investigação do caso, disse à Rede Massa que este seria o local onde Ramon escondia a motocicleta que foi usada no dia da execução da mulher, crime ocorrido no bairro Santa Cândida na manhã da última terça-feira (22). “O perito constatou que a imagem alcançada da moto usada no crime da Ana Paula realmente confere com esse local, onde estava guardada a motocicleta usada no crime”, disse a delegada.
A responsável pela investigação também esclareceu que, durante o depoimento, Ramon teria dito que tinha apenas uma motocicleta e que essa seria de um modelo diferente da que aparece nas imagens de câmeras de segurança, com uma cilindrada maior. “Ele também tinha uma segunda moto, mas ele esconde isso no interrogatório. Ele disse que a única moto dele estava no nome de uma prima por questões de dívida perante o governo, mas temos a certeza de que era aqui que ele guardava a moto usada no crime”, garantiu a autoridade policial.
Agora, o perito responsável pelo procedimento realizado nesta tarde vai elaborar um laudo que será anexado ao inquérito policial. Para a Polícia Civil, Ramon executou o crime que teria sido orquestrado por Oganauskas. A motivação seria a disputa judicial pela divisão dos bens entre Ana Paula e o ex-marido, além da briga pela guarda dos filhos. A defesa dos suspeitos nega que eles tenham qualquer tipo de envolvimento e garante ter provas robustas de que eles não praticaram o crime.