O técnico de enfermagem de Curitiba que abusou sexualmente de, pelo menos, quatro pacientes inconscientes, foi demitido da Prefeitura.
Wesley da Silva Ferreira, de 25 anos, atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) há um ano. Ele também é contratado do Hospital Pequeno Príncipe (HPP).
De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), que efetuou a prisão dele nesta terça-feira (29), o técnico de enfermagem passou a ser investigado após uma pessoa, com a qual ele mantinha um relacionamento, encontrar vídeos dos abusos no celular.
O próprio autor dos abusos gravou os atos, que ocorreram em duas unidades de saúde. De acordo com o delegado Tiago Dantas, os vídeos mostram que os estupros eram contra pacientes homens.
Técnico de enfermagem é preso por estuprar pacientes inconscientes
Durante as investigações, a PCPR verificou que o homem é portador do vírus HIV e que tinha ciência disso desde o ano de 2019.
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De acordo com a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella, o técnico de enfermagem passou por um processo seletivo técnico e foi contratado em novembro de 2023.
O técnico de enfermagem tem vínculo empregatício com o Hospital Pequeno Príncipe há dois anos. Em nota, o hospital informou que o homem “Não tem registro de queixas em relação a sua conduta na instituição”. Veja, na íntegra:
“O Hospital Pequeno Príncipe informa que o técnico de enfermagem preso, nesta quarta-feira (30/10), por abusar de pacientes adultos em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba faz parte do quadro de mais de 2,5 mil colaboradores da instituição.
O Hospital, que há mais de um século atua com o compromisso de proteção à vida de crianças e adolescentes, adota medidas rigorosas de segurança e integridade no cuidado dos pacientes. Desde a contratação, todos os profissionais que mantêm contato direto com pacientes passam por verificação semestral de antecedentes criminais, conforme a Lei n.º 14.811/2024. O Hospital sempre cumpriu a Legislação e o técnico de enfermagem está com essa documentação em dia.
Há dois anos no Hospital, ele não tem registro de queixas em relação a sua conduta na instituição, seja reclamação no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) ou advertência do Setor de Recursos Humanos.
O Pequeno Príncipe ainda não foi acionado formalmente, mas está levantando todas as informações para colaborar com as investigações e já está tomando todas as medidas recomendadas pelos órgãos competentes, inclusive o desligamento dele.
A instituição reafirma seu compromisso com a proteção e a defesa da vida de crianças e adolescentes e dedica seu conhecimento e energia para oferecer assistência de qualidade, respeito e dignidade. Nesse sentido, garante aos pacientes internados o direito de permanecer com um acompanhante ao seu lado durante todo o período de hospitalização”.