Antes de ser liberada pela Justiça, a vereadora Maria Letícia Fagundes (PV) prestou depoimento à Polícia Civil. Ela foi presa na noite de sábado (25) suspeita de desacato e embriaguez ao volante após se envolver num acidente de trânsito no Bigorrilho.
Acompanhada de sua advogada, a vereadora não quis falar sobre as circunstâncias do acidente. No entanto, ela aproveitou a oportunidade diante da autoridade policial para acusar a Polícia Militar de cometer excessos em sua abordagem.
“Considerando minha faixa etária, sou idosa, acho que houve excesso na minha abordagem. Eu fui algemada e colocada no camburão sem nenhum diálogo, sem nenhuma tentativa de entendimento no local”, declarou a vereadora.
Maria Letícia também alega que sua prisão “causou muito constrangimento, considerando toda minha história de vida e minha carreira”.
Vereadora deixa prisão após decisão judicial
Levada à delegacia na madrugada de domingo (26), horas depois do acidente no Bigorrilho, a vereadora Maria Letícia deixou a prisão na noite do mesmo dia, por volta das 19h. A Justiça autorizou que ela deixasse a cadeia sem o pagamento de fiança.
Embora a vereadora, em depoimento, tenha negado o consumo de bebida alcoólica – ela se recusou a fazer o teste do bafômetro no momento da abordagem –, os policiais que atenderam à ocorrência confirmam que ela apresentava sinais de embriaguez.
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Um dos soldados disse que a vereadora ameaçou ligar para o secretário de Segurança Pública, coronel Hudson Teixeira, afirmando que os policiais iriam “se ferrar”.
Ainda segundo o soldado, Maria Letícia ainda teria avisado que mandaria forjar o laudo de lesão corporal para acusar o excesso na abordagem policial.
A soldado que conduziu a vereadora até a delegacia confirmou que Maria Letícia estava “visivelmente embriagada” e tentou fugir do local da batida. Ela disse ainda que a parlamentar estava alterada e agressiva, e não quis acatar a abordagem. Mesmo dentro da viatura, ela xingava e se debatia, segundo a soldado.