A carta à Nação publicada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na tarde desta quinta-feira (9) contou com a ajuda do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Na noite de quarta-feira (8), Bolsonaro ligou para Temer para pedir uma avaliação da situação do país após as manifestações de 7 de Setembro. Ouviu que estava péssima e pediu conselhos. Temer aceitou ajudar, mas orientou que seria preciso fazer um movimento sob a forma de um documento. Imediatamente após a ligação, começou a rascunhar uma carta, com a ajuda do seu amigo e marqueteiro Elsinho Mouco, o mesmo que escreveu o discurso em que Temer disse que não renunciaria. O ex-presidente sempre foi afeito a cartas.
Nesta quinta-feira (9), antes das 7h manhã, Bolsonaro enviou um avião a São Paulo para buscar Temer, que trazia consigo uma proposta de texto. Almoçaram juntos na presença de outras pessoas. Depois, o presidente se reuniu reservadamente com seu antecessor e com o advogado-geral da União, Bruno Bianco, enquanto ministros esperavam do lado de fora. Bianco sugeriu algumas alterações e Bolsonaro incluiu outras. E, por volta das 16h30, a carta foi publicada em sites oficiais do governo federal.
Reação
Em grupos bolsonaristas, a carta foi recebida de forma negativa. “É preferível renunciar do que escrever isso” e “A covardia e a traição, os piores defeitos em um homem” foram algumas das mensagens publicadas.
As informações são do SBT News.