Gilmar Mendes diz que ‘Curitiba gerou Bolsonaro e tem germe do fascismo’

Ministro do STF criticou a capital paranaense ao falar sobre a ascensão do bolsonarismo desde a prisão de Lula

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, usou palavras duras e criou polêmica ao falar de Curitiba durante sua participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (8).

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Foto: Reprodução/Roda Viva

Mendes declarou durante o programa que “Curitiba gerou o Bolsonaro, Curitiba tem o germe do fascismo”. A declaração foi dada em resposta ao jornalista João Almeida Moreira, que questionou o ministro do STF sobre um possível arrependimento ao impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil durante o governo de Dilma Rousseff, em 2016.

À época da suspensão da posse, Lula corria o risco de ser preso (o que aconteceria pouco tempo depois) e a nomeação dele como ministro foi vista pela oposição e pelo Poder Judiciário como uma manobra para evitar sua prisão.

Gilmar Mendes, então, garantiu que não se arrepende da decisão tomada à época e disse que, à época, percebeu o “desvio de finalidade” na nomeação.

Gilmar Mendes critica Curitiba no Roda Viva

Durante o debate sobre o tema, puxado pelo jornalista do Diário de Notícias para falar sobre a ascensão do bolsonarismo e do clima belicoso no cenário político nacional, Mendes destacou que “Curitiba gerou o Bolsonaro” e justificou a declaração polêmica.

“Todas as práticas que desenvolvem, investigações a sorrelfa, investigações atípicas. (…) Não é por acaso que até os procuradores, talvez até por falta de cultura, dizem assim: ‘nós aplicamos aqui o código processual penal do russo’, talvez quisessem dizer ‘do soviético’, mas o Moro tem o Código Penal dele próprio, ‘Russo’ era o nome dele”, assegura o ministro.

Gilmar Mendes segue dizendo que “os procuradores eram parceiros, a denúncia contra o Lula era combinada contra o Moro (…), isso é de uma gravidade enorme, um procurador combinar com o juiz, o juiz aconselhar ‘olha, não se esqueça de tal coisa’”, pontua o ministro do STF.

“E depois, o que acontece? O Moro vaza a delação do [Antônio] Palocci entre o 1º e 2º turno, participa, portanto, do processo, assume posição em favor da extrema direita de maneira muito clara”, conclui.

Até a publicação desta matéria, o ministro ainda não tinha se pronunciado sobre a declaração a respeito de Curitiba. Assista abaixo à íntegra da declaração de Gilmar Mendes sobre Curitiba:

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