Deputados estaduais que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovaram nesta terça-feira (4) a emenda substitutiva geral ao projeto de lei que cria o programa Parceiro da Escola.
De autoria do Poder Executivo, o projeto busca otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas estaduais do Paraná por meio de parcerias com empresas de gestão empresarial.
A proposta recebeu 13 emendas no plenário, mas 9 delas foram rejeitadas pelo relator, deputado Hussein Bakri, e as quatro restantes foram apresentadas em forma de uma emenda substitutiva geral. Na CCJ, a maioria dos parlamentares aprovou o parecer do relator do texto, deputado Hussein Bakri (PSD).
Bakri apresentou, em sessão extraordinária da CCJ realizada na segunda-feira (3), um texto pela rejeição de nove emendas e a aprovação de outras quatro na forma de uma subemenda substitutiva geral.
- Parceiro da Escola: como funciona o projeto no Paraná?
- Parceiro da Escola: veja lista dos colégios que podem ter gestão terceirizada no Paraná
- Parceiro da Escola: veja como votaram os deputados da Alep
Com a aprovação do relatório, ficaram prejudicados os votos em separado apresentados pelos deputados Arilson Chiorato (PT) e Requião Filho (PT). Os dois parlamentares, em conjunto com a deputada Mabel Canto (PSDB), votaram contra o parecer do relator. Os parlamentares defenderam a constitucionalidade das 13 emendas propostas, alegando que todas deveriam ser analisadas em Plenário.
Como fica o projeto do Parceiro da Escola
A subemenda substitutiva geral traz uma série de alterações em relação ao projeto original. Entre elas, traz o nome das 204 escolas escolhidas para fazer parte da proposta.
Além disso, o novo texto possibilita ao professor efetivo a troca de escola por meio da oferta de vaga em concurso de remoção; também garante aos professores contratados pelo modelo os mesmos salário e hora-atividade dos Professores Contratados por Regime Especial (PSS) e determina que o processo de contratação seguirá a legislação vigente no Brasil e no Paraná.
O novo texto diz ainda que a empresa contratada possua cinco anos de experiência, capacidade técnica e competência para participar do Programa. Também estipula que o gestor seja avaliado a cada ciclo contratual, considerando como parâmetros a evolução da frequência, a evolução da aprendizagem, a manutenção e conservação das instalações e satisfação da comunidade escolar.
A emenda também determina que a Secretaria de Estado da Educação (SEED) manterá a autonomia absoluta sobre o projeto pedagógico.
Parceiro da Escola: o que é o projeto?
O texto permite que empresas sejam responsáveis pelo gerenciamento administrativo das escolas, além de gerir terceirizados responsáveis por áreas como limpeza e segurança. Em um primeiro momento, o governo quer implantar o modelo em mais de 200 escolas de 110 cidades.
Segundo o governo, o Parceiro da Escola será instalado mediante consulta pública junto à comunidade escolar. O texto afirma que a remuneração das empresas contratadas será estabelecida de acordo com a média de custo de referência da rede e observará a disponibilidade orçamentária. De acordo com o governo estadual, a ideia é expandir, por meio da Secretaria de Estado da Educação, o programa a partir de 2025.
- Projeto Parceiro da Escola é aprovado em 1ª discussão com 39 votos favoráveis e 12 contrários na Alep
- Grevistas quebram porta da Assembleia Legislativa do Paraná: vídeo
- Justiça concede reintegração de posse do prédio da Alep
O Programa Parceiro da Escola, afirma o Executivo, possibilita que diretores e gestores se dediquem ao desenvolvimento de metodologias pedagógicas, treinamento de professores e acompanhamento do progresso dos alunos.
O Executivo reforça que diretores, professores e funcionários efetivos lotados nas escolas serão mantidos e a gestão pedagógica seguirá a cargo do diretor concursado.