A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (23) mais uma fase da Operação Lesa Pátria. Nesta etapa, os mandados buscam policiais militares do Distrito Federal suspeitos de omissão durante os atos golpistas de 8 de janeiro, quando centenas de manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes.
Dois mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são cumpridos pela PF.
Um dos alvos da PF nesta terça é o major Flávio Silvestre de Alencar, que já tinha sido preso em outra fase da operação. No dia dos atos golpistas, ele era o responsável pelo batalhão da região da Esplanada dos Ministérios.
Crimes investigados em atos golpistas
A investigação apura que, no dia dos atos golpistas, os manifestantes teriam cometido os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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As investigações continuam e a operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Atos golpistas investigados em três linhas
Além de investigar a omissão de policiais militares, a PF também trata os atos golpistas de 8 de janeiro em outras três frentes.
Uma delas busca os mentores intelectuais desses ataques, e essa é a frente que pode atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outra linha da investigação tenta identificar os financiadores e responsáveis por manter e bancar a logística dos acampamentos feitos nos quartéis e o transporte dos manifestantes para Brasília.
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Outro foco da investigação da PF são os vândalos que destruíram as sedes dos Três Poderes. O objetivo é individualizar a conduta dos envolvidos na destruição dos prédios e monumentos históricos de Brasília.