A Justiça concedeu a reintegração de posse da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná) no início da noite de segunda-feira (3) contra a APP-Sindicato.
O prédio do Poder Legislativo foi invadido durante a tarde de ontem por sindicalistas contrários ao projeto de lei que cria o programa Parceiro da Escola, que estava na pauta do dia para votação dos deputados.
A Procuradoria-Geral da Alep ajuizou ação de reintegração de posse da Alep e obteve a liminar, assinada pela juíza Diele Denardin Zydek, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba. A determinação é pela imediata desocupação do prédio da Assembleia Legislativa.
Reintegração de posse quer evitar depredação da Alep
Na decisão, a magistrada explica que a reintegração de posse “é o remédio adequado à restituição da posse àquele que tenha perdido em razão de um esbulho, sendo privado do poder físico sobre a coisa”, e diz que diante das informações recebidas “depreende-se que os manifestantes depredaram o imóvel, quebrando vidraças”.
- Grevistas invadem prédio da Assembleia Legislativa do Paraná
- Invasão na Alep deixa três manifestantes feridos
- Grevistas quebram porta da Assembleia Legislativa do Paraná: vídeo
“Nesse contexto, faz-se necessária a reintegração imediata do imóvel, a fim de evitar que maiores prejuízos sejam causados ao patrimônio público, bem como o regular funcionamento da Casa de Leis”, acrescenta a magistrada no documento.
Na decisão, a juíza faz ainda a seguinte consideração: “Em que pese a manifestação não tenha impedido o transcorrer da 47ª sessão ordinária, que ora ocorre semipresencialmente, conforme transmissão ao vivo, verifica-se que os manifestantes se excederam no exercício do direito de reunião, porquanto não se portaram pacificamente, e sua permanência no local representa risco à integridade do patrimônio que guarnece o imóvel”.
Polícia Militar pode ajudar na reintegração de posse
A Justiça deferiu também o auxílio da Polícia Militar, em caso de resistência ao cumprimento da ordem, recomendando que deverá se utilizar inicialmente e preferencialmente meios pacíficos de negociação para retirada dos invasores.
- Projeto Parceiro da Escola é aprovado em 1ª discussão com 39 votos favoráveis e 12 contrários na Alep
- Parceiro da Escola: veja como votaram os deputados da Alep
- Parceiro da Escola: veja lista dos colégios que podem ter gestão terceirizada no Paraná
Agora, os réus serão citados e podem oferecer resposta no prazo legal, com a advertência do artigo 344, do Código de Processo Civil.