Em coletiva nesta terça-feira (25), senadores apresentaram carta ao Senado Federal “pela liberdade, pela democracia e pelo Estado de Direito” e com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), um dos autores do documento, a “carta tem uma simbologia muito forte” ao ser apresentada no Dia da Democracia, celebrado nesta terça-feira (25). Além de senadores, o documento também é assinado pelo procurador-regional da República, Guilherme Schelb, por advogados e por juízes.
“O que a gente está vivendo no Brasil hoje é algo que nos deixa um pouco preocupados. As pessoas estão com medo de pensar e de falar”, destaca o parlamentar.
Horas antes, Girão tinha se manifestado em plenário contra o que chama de “interferência direta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)” nas eleições.. Para ele, é “estarrecedor” o que acontece no segundo turno quando, em sua visão, o TSE deveria garantir a imparcialidade do processo eleitoral.
De acordo com o parlamentar, o tribunal acatou 42 pedidos de proibição de informação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apenas seis da campanha do atual presidente da República, Jair Bolsonaro. Nos últimos dias de propaganda, segundo o senador, foram retiradas 116 inserções comerciais do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, e dadas ao ex-presidente, Lula, como direito de resposta.
“Tudo isso é público, tudo isso é história, mas boa parte está sendo censurada pelo TSE, algo só possível em ditaduras”, afirmou, referindo-se à vedação a que se mencionem ilícitos nos governos petistas, além de irregularidades na aquisição de respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia do coronavírus.
Outro senador que usou o plenário para se manifestar contra o TSE foi Guaracy Silveira (PP-TO). Em pronunciamento, ele criticou suposta interferências entre os Poderes da República, principalmente do Judiciário contra Executivo e Legislativo. Ele ressaltou que o poder moderador do Senado, responsável pela harmonia entre os demais Poderes, tem que ser exercido, “caso contrário, acabaremos por ter um Poder com domínio sobre o Brasil, e um Poder só deixa de ser Poder para ser ditadura”.
Ex-candidata à Presidência da República, Soraya Thronicke também se pronunciou criticando a disseminação de notícias falsas pelas redes sociais como um dos aspectos marcantes do pleito que será decidido neste domingo (30).
“É um absurdo o que nós estamos vivenciando neste país: a desinformação. E, hoje, aqueles que iniciaram a propagação de notícias falsas provam do próprio veneno: estão sentindo na pele o que foi fake news, desinformação e tudo o que aprontaram nas redes sociais desde 2018”, pontua.
Com informações da Agência Senado