CATARINA SCORTECCI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A Justiça Federal no Paraná acolheu denúncia do Ministério Público Federal e transformou 13 acusados em réus por supostamente planejarem o sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR).
A decisão foi assinada no último dia 17 pela juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba.
Entre os crimes narrados na denúncia do MPF, estão tentativa de extorsão mediante sequestro, organização criminosa e posse ilegal de arma de fogo.
A denúncia do MPF vem na esteira da Operação Sequaz, deflagrada em 22 de março pela Polícia Federal para desarticular um plano da facção criminosa PCC que pretendia realizar ataques contra autoridades, como Moro.
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O caso acabou ganhando repercussão política depois que o presidente Lula (PT) ter declarado que via “uma armação” de Moro no episódio. A ilação do petista partia do fato de a ordem de prisão ter sido assinada pela juíza Gabriela Hardt, que trabalhou junto com o hoje senador na Vara Federal da Lava Jato.
A magistrada, naquela semana, cobria férias de colega ao assinar os mandados da Operação Sequaz.
Houve cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão, em pelo menos cinco unidades da federação.
O ataque contra autoridades teria ligação com a transferência de chefes do PCC, entre eles Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema penitenciário federal.
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O principal chefe do PCC foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019.
Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia e depois retornou para a capital federal.