Caso Maria Letícia: Professor Euler será relator de processo na Câmara

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar (CEDP) da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) elegeu nesta quarta-feira (24) Professor Euler (MDB) como o relator do processo contra a vereadora Maria Letícia (PV).

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Foto: Divulgação/CMC

O emedebista foi eleito por unanimidade entre os membros do Conselho, assim como Rodrigo Reis (União), que ficou com a vice-relatoria.

“Faremos um trabalho imparcial, no qual a única coisa que importa são os fatos. É a busca da verdade dos fatos”, garante Euler, que também pediu aos membros do CEDP que “deixem de lado as divergências políticas” para não transformar o processo “em palanque eleitoral”.

Além dos dois eleitos e do presidente do CEDP, Dalton Borba (PDT), participaram da votação da relatoria os vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD), Pastor Marciano Alves (Solidariedade) e Marcos Vieira (PDT).

Angelo Vanhoni (PT) participou da reunião, mas estava ausente no momento, enquanto Eder Borges (PP) tinha previamente se declarado suspeito para atuar no caso devido a um histórico de divergências políticas com Maria Leticia.

Borges será substituído pelo segundo suplente, Bruno Pessuti (Pode), já que o primeiro, Pier Petruzziello (PP), também está impedido de atuar no caso, devido a manifestação dele sobre o ocorrido, em redes sociais, juntada pela vereadora aos autos.

Processo contra vereadora Maria Letícia

O primeiro ato do Professor Euler à frente do PED 1/2024 será notificar oficialmente a vereadora Maria Leticia da instauração do processo.

A partir dessa notificação, ela terá 90 dias para apresentar sua defesa prévia, embora o relator tenha indicado que pretende concluir todo o processo em até três meses.

A vereadora Maria Letícia é investigada por se envolver em um acidente de trânsito sem vítimas no dia 25 de novembro. Ela aparentava sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro e teria desacatado a equipe da Polícia Militar que esteve no local.

Ela chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada sem o pagamento de fiança sob a alegação de sua “condição financeira”, mesmo ela ganhando quase R$ 40 mil por mês entre seu salário na CMC e sua aposentadoria como perita criminal.

Em nota divulgada após o acidente, Maria Letícia argumentou que faz uso de medicamentos controlados e voltou a negar o consumo de bebidas alcoólicas. Pouco antes do acidente, ela estava em um show no Jockey Club de Curitiba.

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