Uma professora de história elogiou nas redes sociais os alunos do Colégio Cívico Militar Marquês de Caravelas, de Arapongas, no norte do Paraná. Os estudantes realizaram um trabalho exaltando o nazismo com exposição de suásticas e um manequim representando o ditador Adolf Hitler, responsável pelo extermino de 6 milhões de judeus, durante o Holocausto.
O trabalho contou também com a participação de uma senhora, neta de um soldado nazista que, durante a Segunda Guerra Mundial, fugiu da Alemanha e veio para o Brasil. A entrevista foi exibida em um vídeo aos estudantes.
Foram publicadas fotos nas redes sociais do Grêmio Estudantil do colégio e até o perfil do Núcleo Regional de Educação de Arapongas curtiu o post. A publicação foi apagada após a repercussão negativa do caso.
O presidente da comunidade judaica de Londrina, o rabino Charton Schneider, também se manifestou: “Toda a possível apologia ao nazismo deve ser investigada”, disse o presidente em entrevista à Rede Massa.
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Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (SEED) informou que está apurando as informações, mas que o trabalho sobre a Segunda Guerra Mundial buscou fazer uma reflexão sobre o evento histórico e suas consequências.
“A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) está apurando as informações sobre o trabalho de história realizado por alunos do ensino médio do Colégio Estadual Marquês de Caravelas, de Arapongas, que propôs a reflexão sobre a Segunda Guerra Mundial e suas trágicas consequências.
Desde já, a Seed-PR reforça que a apologia a quaisquer doutrinas, partidos, ideologias e demais referências ao nazismo são veementemente intoleradas em qualquer escola da rede estadual, sendo a situação relatada em Arapongas, encarada com extrema gravidade.
A Secretaria instaurou procedimento de averiguação urgente e voltará a se manifestar assim que o levantamento for concluído.”